Preservação da Villa Romana do Rabaçal apoiada pela World Monuments Found
A Villa Romana do Rabaçal foi uma das candidaturas seleccionadas este ano, através do "Watch Program", pela World Monuments Found, uma associação privada com delegação em Portugal, que, desde 1965, tem como missão assegurar a sobrevivência dos tesouros artísticos e arqueológicos em todo o Mundo, reunindo para tal recursos públicos e privados.
A candidatura foi apresentada pelo Museu da Villa Romana do Rabaçal, em conjunto com a Câmara Municipal de Penela, que propõe uma intervenção a quatro níveis: obras de preservação, conservação dos vestígios, meios de estudo e divulgação e campanhas arqueológicas, disse hoje Miguel Pessoa, arqueólogo coordenador.
Os trabalhos arqueológicos começaram em 1984, mas são necessárias várias intervenções para proteger aquele monumento para as gerações futuras.
"O sítio está muito bem conservado, mas há que pensar nas gerações vindouras, numa protecção mais duradoura", referiu o especialista.
O projecto prevê a realização de obras de preservação da Villa, de meados do século IV d.C., nomeadamente a cobertura da zona balnear e da área residencial.
"Esta zona residencial, pela arquitectura, baixos-relevos e mosaicos que contém contraria a ideia de que naquela fase o nível artístico não estaria no melhor momento. Trata-se de uma mesma obra, que transmite uma ideia", afirmou Miguel Pessoa.
A candidatura propõe trabalhos de conservação dos vestígios arqueológicos, incluindo os mosaicos e a zona balnear do complexo, a criação de meios de estudo e de divulgação do espaço e a realização de mais campanhas arqueológicas, para que se consiga perceber o monumento no seu conjunto.
A Villa Romana do Rabaçal é uma quinta agrícola com uma área residencial, um balneário a 40 metros de distância — inclui aquecimento, zona para banhos a vapor e a água fria e instalações sanitárias — e um local destinado à agricultura, com instalações agrícolas e domésticas, onde viveriam os servos que se dedicavam a esta actividade.
Estão em curso, na área da residência desta Villa, trabalhos arqueológicos destinados a avaliar o estado de conservação dos mosaicos policromos, qualificados de alto valor artístico.
Num parecer de apoio à candidatura, Jorge de Alarcão, do Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, afirma que a Villa Romana do Rabaçal apresenta uma concepção arquitectónica "de uma grande originalidade", sendo notório o "espírito industrioso e inventivo dos arquitectos".
Em Maio passado, mais de 20 especialistas nacionais e estrangeiros subscreveram um apelo internacional em defesa dos mosaicos da Villa, considerada a estação arqueológica romana mais importante da área que dependia administrativamente da antiga cidade de Conímbriga.
Em Portugal, a World Monuments Fund apoiou já a conservação de vários monumentos, como a Torre de Belém e Claustro do Mosteiro dos Jerónimos.
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A Villa Romana do Rabaçal foi uma das candidaturas seleccionadas este ano, através do "Watch Program", pela World Monuments Found, uma associação privada com delegação em Portugal, que, desde 1965, tem como missão assegurar a sobrevivência dos tesouros artísticos e arqueológicos em todo o Mundo, reunindo para tal recursos públicos e privados.
A candidatura foi apresentada pelo Museu da Villa Romana do Rabaçal, em conjunto com a Câmara Municipal de Penela, que propõe uma intervenção a quatro níveis: obras de preservação, conservação dos vestígios, meios de estudo e divulgação e campanhas arqueológicas, disse hoje Miguel Pessoa, arqueólogo coordenador.
Os trabalhos arqueológicos começaram em 1984, mas são necessárias várias intervenções para proteger aquele monumento para as gerações futuras.
"O sítio está muito bem conservado, mas há que pensar nas gerações vindouras, numa protecção mais duradoura", referiu o especialista.
O projecto prevê a realização de obras de preservação da Villa, de meados do século IV d.C., nomeadamente a cobertura da zona balnear e da área residencial.
"Esta zona residencial, pela arquitectura, baixos-relevos e mosaicos que contém contraria a ideia de que naquela fase o nível artístico não estaria no melhor momento. Trata-se de uma mesma obra, que transmite uma ideia", afirmou Miguel Pessoa.
A candidatura propõe trabalhos de conservação dos vestígios arqueológicos, incluindo os mosaicos e a zona balnear do complexo, a criação de meios de estudo e de divulgação do espaço e a realização de mais campanhas arqueológicas, para que se consiga perceber o monumento no seu conjunto.
A Villa Romana do Rabaçal é uma quinta agrícola com uma área residencial, um balneário a 40 metros de distância — inclui aquecimento, zona para banhos a vapor e a água fria e instalações sanitárias — e um local destinado à agricultura, com instalações agrícolas e domésticas, onde viveriam os servos que se dedicavam a esta actividade.
Estão em curso, na área da residência desta Villa, trabalhos arqueológicos destinados a avaliar o estado de conservação dos mosaicos policromos, qualificados de alto valor artístico.
Num parecer de apoio à candidatura, Jorge de Alarcão, do Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, afirma que a Villa Romana do Rabaçal apresenta uma concepção arquitectónica "de uma grande originalidade", sendo notório o "espírito industrioso e inventivo dos arquitectos".
Em Maio passado, mais de 20 especialistas nacionais e estrangeiros subscreveram um apelo internacional em defesa dos mosaicos da Villa, considerada a estação arqueológica romana mais importante da área que dependia administrativamente da antiga cidade de Conímbriga.
Em Portugal, a World Monuments Fund apoiou já a conservação de vários monumentos, como a Torre de Belém e Claustro do Mosteiro dos Jerónimos.