Polícia sueca anuncia detenção de suspeito do assassinato de Anna Lindh
"O indivíduo foi detido cerca das 21h00 [19h00 em Portugal] num restaurante perto do estádio Rasunda, em Solna, nos arredores de Estocolmo", declarou Stina Wessling, porta-voz da polícia sueca, sem adiantar mais informações sobre a detenção.
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"O indivíduo foi detido cerca das 21h00 [19h00 em Portugal] num restaurante perto do estádio Rasunda, em Solna, nos arredores de Estocolmo", declarou Stina Wessling, porta-voz da polícia sueca, sem adiantar mais informações sobre a detenção.
Wessling confirmou que o homem detido - que aparece nas imagens captadas pelas câmaras de vigilância do centro comercial onde Lindh foi assassinada - é o mesmo sobre o qual a polícia tinha emitido hoje um mandato de captura.
Próximo de "activistas neo-nazis", este homem de 35 anos já terá sido condenado 18 vezes, nomeadamente por agressão e porte de armas.
O detido desloca-se frequentemente entre a Suécia e a Suíça, onde estará a ser tratado por consumo de cocaína, segundo informações constantes da sua última condenação. O suspeito é considerado psicologicamente instável e encontra-se desempregado.
Segundo a polícia de Estocolmo, a morte de Lindh não estará ligada a qualquer motivação política.
Anna Lindh, que se deslocava sem protecção policial na passada quarta-feira à tarde, foi fazer compras num centro comercial da cidade, próximo do ministério. Estava numa loja de roupa quando foi subitamente atacada por um homem vestido com um camuflado, segundo relatou uma testemunha. O criminoso fugiu, deixando cair a faca.
A ministra sofreu vários golpes que lhe atingiram o estômago e o fígado. Os médicos do hospital Karolinska não conseguiram estagnar as hemorragias internas. Às 09h00 de quinta-feira (07h00 em Lisboa), o primeiro-ministro sueco dava uma conferência de imprensa para comunicar a morte "inacreditável" de Lindh, que aos 46 anos deixou dois filhos.
Anna Lindh era um dos rostos mais populares da campanha pelo "Sim" no referendo ao euro, que acabou por perder para o "Não", nas eleições de domingo passado.