Guarda: Mulher morre num incêndio em Aldeia do Bispo

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Quinze pessoas morreram já em mais de uma semana de incêndios em quase todo o país António José/Lusa

De acordo com António Morais, segundo comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, a vítima era funcionária de um lar de terceira idade, que acabou por ser evacuado devido ao fogo. Porém, indica o responsável, durante o processo de retirada das pessoas e devido ao intenso fumo que se registada, a vítima terá perdido o sentido de orientação, tendo sido apanhada pelas chamas.

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De acordo com António Morais, segundo comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, a vítima era funcionária de um lar de terceira idade, que acabou por ser evacuado devido ao fogo. Porém, indica o responsável, durante o processo de retirada das pessoas e devido ao intenso fumo que se registada, a vítima terá perdido o sentido de orientação, tendo sido apanhada pelas chamas.

António Morais disse ainda à Lusa que, cerca das 19h30, o incêndio, que começou esta tarde em Santa Cruz, tinha já passado à Aldeia do Bispo. "Tem três frentes activas, bastante grandes, que se dirigem para as localidades de Vela, Ramela e Albardeiros", contou.

As duas últimas vítimas mortais dos incêndios foram encontradas na manhã de ontem, em Freixo-de-Espada-à-Cinta, no distrito de Bragança.

De acordo com um relatório do Ministério da Saúde, divulgado esta tarde, entre sábado e hoje foram atendidos nos serviços de saúde 209 casos de intoxicações, 74 feridos e 39 pessoas com queimaduras resultantes dos incêndios que têm lavrado em vários pontos do país.

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais casos de pessoas com problemas de intoxicação pelo fumo (172), enquanto na região Centro se assinala o maior número de feridos (73) e queimados (28).

Nas cinco regiões de saúde foram ainda reforçados os meios humanos e colocados a funcionar em regime permanente doze centros de saúde nos distritos mais afectados, nomeadamente a unidade de Torre de Moncorvo (Bragança) e as de Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros e Vila Rei, em Castelo Branco.

Também os centros de saúde de Mação e Chamusca, em Santarém, e as unidades de Castelo de Vide, Avis, Alter do Chão, Gavião e Nisa estão a funcionar em regime de 24 sobre 24 horas.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Martins, o ministério iniciou também um levantamento do número de casos de pessoas que, devido aos incêndios, tenham ficado sem acesso a medicamentos de que necessitam, como é o caso de doentes crónicos.

O responsável pormenorizou que foram já registadas algumas situações, mas que foram entretanto resolvidas "de forma solidária" através dos serviços de saúde locais.