Sampaio apela à resistência psicológica dos portugueses para suportar incêndios

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Jorge Sampaio apelou aos portugueses para terem resistência psicológica Paulo Cunha/Lusa

O chefe de Estado falava depois de uma visita ao Serviço Nacional dos Bombeiros e Protecção Civil, no qual esteve acompanhado pelos ministros da Administração Interna e da Agricultura, Figueiredo Lopes e Sevinate Pinto.

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O chefe de Estado falava depois de uma visita ao Serviço Nacional dos Bombeiros e Protecção Civil, no qual esteve acompanhado pelos ministros da Administração Interna e da Agricultura, Figueiredo Lopes e Sevinate Pinto.

Jorge Sampaio expressou o seu "profundo pesar às famílias das nove vítimas mortais", estendendo-o a todos os portugueses que perderam bens importantes em diversos pontos do país.

"O Governo dirá proximamente que tipo de amparo dará às populações prejudicadas" pelos incêndios florestais, referiu o chefe de Estado.

Jorge Sampaio apelou aos portugueses para terem "resistência psicológica", já que, na sua perspectiva, o quadro grave de fogos florestais "poderá permanecer nos próximos dias". Além disso, pediu para que as pessoas não façam fogos e fogueiras, nem lancem foguetes.

Jorge Sampaio apelou também às populações atingidas pelos fogos para "colaborem quando as autoridades derem ordem de evacuação". Esta tarde, 30 habitantes da aldeia de Casalinho, Chamusca, foram evacuados pela protecção civil e levados para a localidade de Semideiro.

A situação em Mação, Santarém, é das mais preocupantes. O fogo está a varrer a povoação, sendo que já arderam várias casas, um lar de idosos a escola secundária, um centro de saúde e um tribunal.

Esta tarde foi accionado mais um Plano Municipal de Protecção Civil, desta vez pela Câmara da Guarda. Maçainhas, Chãos, Faia, Santana da Azinha, Pêro Soares e Souto do Bispo são algumas das zonas do concelho onde o avanço das chamas estava a assumir, cerca das 17h30, dimensões preocupantes.