UNITA quer desenvolver diplomacia activa

Foto
Samakuva considera uma prioridade consolidar o processo de paz e de reconciliação nacional Miguel Souto/Lusa

"Desenvolveremos uma diplomacia activa, não para fazer paralelismo ao Governo, mas para reforçarmos as relações que o Governo já tem e reforçarmos essas relações com a amizade que ao longo dos anos conquistámos", salientou Isaías Samakuva.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Desenvolveremos uma diplomacia activa, não para fazer paralelismo ao Governo, mas para reforçarmos as relações que o Governo já tem e reforçarmos essas relações com a amizade que ao longo dos anos conquistámos", salientou Isaías Samakuva.

O novo presidente da UNITA discursava na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos directivos do movimento oposicionista angolano. O sucessor de Jonas Savimbi considerou que "o país precisa de se enquadrar não só no bloco regional a que pertence, mas também de conquistar o respeito e a dignidade de todos os seus parceiros internacionais".

Entre as principais tarefas do partido, o novo dirigente apontou a área partidária, nomeadamente a consolidação das estruturas políticas em todo o território nacional, e o reforço da unidade e coesão interna.

Isaías Samakuva indicou também como prioridades a consolidação do processo de paz e de reconciliação nacional e a preparação do partido para as próximas eleições gerais.

"Em seguida, daremos uma importância especial ao programa da reinserção social dos militares desmobilizados. As enormes dificuldades que atravessam os nossos irmãos desmobilizados, que continuam desamparados e espalhados por todo o país sem eira nem beira, exige da direcção do nosso partido muita capacidade de imaginação e a tomada de iniciativas que visem solucionar este problema, do qual depende a consolidação do processo de paz", frisou.

Em relação à participação no Governo de unidade nacional, a UNITA fará com que os quadros empossados acompanhem de perto a acção governativa, fiscalizando-a e colaborando com ela. "Será importante sermos cooperativos quando as iniciativas do Governo merecerem cooperação, mas exercermos o nosso papel de oposição genuína e firme, quando a acção do Governo exigir esta posição", realçou Isaías Samakuva, garantindo ainda que o seu partido também procurará desenvolver actividades que visem a sua auto-suficiência.