Agência governamental canadiana contra trigo geneticamente modificado
A Monsanto canadiana pediu à agência de inspecções aos alimentos (ACIA) a autorização para realizar testes, em espaços confinados, a esta variedade de trigo.
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A Monsanto canadiana pediu à agência de inspecções aos alimentos (ACIA) a autorização para realizar testes, em espaços confinados, a esta variedade de trigo.
Num relatório da CCB, divulgado hoje, três botânicos da Universidade de Manitoba alertam para o risco da disseminação na natureza do trigo Roundup Ready da Monsanto.
"Nas condições actuais, a disseminação do trigo Roundup Ready nas províncias do Oeste seria uma catástrofe para o ambiente", concluem os professores René Van Acker, Anita Brûlé-Babel e Lyle Friesen.
A CCB, o maior exportador de trigo do mundo com 20 por cento das vendas no mercado global, "espera impedir a disseminação prematura desta variedade de trigo [...] pela Monsanto", afirmou em comunicado.
"Pedimos ao Governo canadiano para não esquecer as conclusões deste estudo científico, na sua avaliação", disse o presidente do conselho de administração da CCB, Ken Ritter.
A 22 de Maio, os dirigentes da CCB haviam escrito à Monsanto canadiana para tentar convencê-la a retirar o seu pedido de autorização à ACIA.
A CCB acredita que a introdução desta variedade far-lhe-á perder a maioria dos seus mercados no estrangeiro. "Em 80 por cento dos nossos mercados, os clientes expressaram sérias reservas quanto ao trigo geneticamente modificado", segundo o presidente da comissão, Adrian Measner.
Além do Canadá, a Monsanto pediu autorizações para esta variedade de trigo aos Estados Unidos e ao Japão.