Berlusconi diz que não pediu desculpas a Schroeder pelo incidente com deputado alemão

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Berlusconi sugeriu que um eurodeputado alemão daria um bom guarda de um campo de concentração nazi Claudio Onorati/ANSA

O presidente em exercício da União Europeia (UE) sublinhou hoje, em declarações aos jornalistas, que lamentou o incidente e a sua má interpretação, mas não pediu desculpas por ter chamado "kapo" ao eurodeputado alemão. "Lamento se feri a sensibilidade de alguém, mas a sensibilidade não pode ser um caminho de uma só via", comentou.

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O presidente em exercício da União Europeia (UE) sublinhou hoje, em declarações aos jornalistas, que lamentou o incidente e a sua má interpretação, mas não pediu desculpas por ter chamado "kapo" ao eurodeputado alemão. "Lamento se feri a sensibilidade de alguém, mas a sensibilidade não pode ser um caminho de uma só via", comentou.

Berlusconi voltou ainda a realçar ter sido "gravemente ofendido" por Schulz e insistiu que usou a ironia nas suas declarações. "Schulz lembrou-me outro Schulz", explicou, referindo-se à série de televisão americana, datada dos anos 60, sobre um campo de prisioneiros alemão, centrada na personagem de um "kapo" chamado Schulz. Na sequência das questões que o eurodeputado alemão lhe colocou sobre os seus alegados "conflitos de interesses", o dirigente italiano resolveu dizer que Martin Schulz desempenharia bem o papel de "kapo".

Ao mesmo tempo, Berlusconi garantiu ter "um profundo respeito" pelo PE, cujo presidente, Pat Cox, disse estar em contacto com o chefe do Governo italiano para resolver o incidente, mas que ainda não exigiu quaisquer desculpas oficiais.

Apesar disto, o Governo alemão voltou hoje a considerar que o lamento de Berlusconi equivale a um pedido de desculpa.