Israel vai libertar 21 presos políticos palestinianos

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Entre os presos libertados está Ahmad Saadat, secretário-geral da Frente Popular de Libertação da Palestina Mike Nelson/AFP

A pedido de Israel, Ahmad Saadat está detido sob vigilância anglo-americana numa prisão palestiniana, em Jericó (Cisjordânia), desde a Primavera de 2002.

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A pedido de Israel, Ahmad Saadat está detido sob vigilância anglo-americana numa prisão palestiniana, em Jericó (Cisjordânia), desde a Primavera de 2002.

Estas libertações ainda não foram, porém, confirmadas pelo Ministério da Defesa israelita.

Entretanto, o ministro palestiniano responsável pelos prisioneiros, Hicham Abdel Razzaq, que anunciou ontem o encontro entre os primeiros-ministros Ariel Sharon e Abu Mazen em Jerusalém, felicitou já o facto de que “israelitas e palestinianos estejam decididos a resolver os problemas com diálogo”. O mesmo responsável aproveitou ainda para apelar à libertação dos restantes detidos palestinianos, que se estimam em cerca de cinco mil.

Exército de Israel começa a retirar-se de Belém

Entretanto, o Exército israelita começou hoje a abandonar a cidade cisjordana de Belém, cujo controlo em matéria de segurança ficará nas mãos da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP). Esta retirada segue o mesmo caminho de uma outra acção, do norte da Faixa de Gaza (no domingo passado), no sentido do cumprimento do Roteiro para a Paz que os EUA traçaram para a região.

Os primeiros-ministros israelita e palestiniano encontraram-se ontem em Jerusalém, sob o signo de um optimismo moderado. A trégua está a ser de uma forma geral respeitada, apesar de incidentes esporádicos.

Antes do seu encontro, Ariel Sharon e Abu Mazen falaram aos jornalistas. Sharon considerou que as possibilidades de paz "são maiores do que nunca". Repetiu que "deverão ser feitos compromissos dolorosos para alcançar a paz", mas acrescentou que "nenhum compromisso é possível com o terrorismo".

Abu Mazen respondeu que cada dia que passa sem um acordo com Israel "é uma oportunidade perdida, e cada vida sacrificada é uma tragédia humana". Numa referência aos israelitas, disse: "Os assassínios e as destruições só provocam o ódio e a hostilidade."