Primeiro dicionário guineense-português com lançamento marcado para 10 de Junho
Jorge Fernandes, leitor de português do Instituto Camões em Bissau, considera a obra "um trabalho notável de estandardização do léxico da língua guineense, o crioulo, e das suas afinidades e divergências com a língua portuguesa".
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Jorge Fernandes, leitor de português do Instituto Camões em Bissau, considera a obra "um trabalho notável de estandardização do léxico da língua guineense, o crioulo, e das suas afinidades e divergências com a língua portuguesa".
Um dos objectivos do novo dicionário é ensinar aos alunos "os códigos de cada língua para eles perceberem as semelhanças e as diferenças dos dois sistemas linguísticos".
Para Jorge Fernandes, o lançamento vai "provocar um amplo debate sobre o problema das línguas nacionais face ao português" e o primeiro deverá ser sobre o porquê da escolha da palavra guineense para definir o crioulo, sendo o português a língua oficial no país. "Constitui um estímulo à sustentação na Guiné-Bissau do ensino bilingue e um auxiliar indispensável aos estudiosos das duas línguas", considera Fernandes.
Luigi Scaramburlo, o autor do dicionário, é um religioso italiano há muito radicado na Guiné-Bissau, para quem "a escolha do termo guineense para designar a língua crioula é fundamental para promover melhor o estatuto nacional, veicular e inter-étnico desta língua, evitando a conotação negativa que o termo crioulo tem no país e no mundo".
Luigi Sacantamburlo vai apresentar a obra no dia 10, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.