Greve no ensino superior: Universidade Coimbra aberta só para funcionários e professores
O reitor quis "compatibilizar a luta dos estudantes com o normal funcionamento da universidade", não obstante a greve nacional dos alunos, e pôr fim à situação de conflito entre estudantes e reitor desde o encerramento das portas da faculdade, há uma semana, numa outra acção de contestação.
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O reitor quis "compatibilizar a luta dos estudantes com o normal funcionamento da universidade", não obstante a greve nacional dos alunos, e pôr fim à situação de conflito entre estudantes e reitor desde o encerramento das portas da faculdade, há uma semana, numa outra acção de contestação.
As divergências da semana passada "em nada ajudam os protestos dos estudantes, pelo contrário, beneficiam apenas a posição de quem menos precisa ser beneficiado, o ministro do Ensino Superior", considerou hoje Victor Hugo Salgado.
Assim, as portas das faculdades da Universidade de Coimbra estão entreabertas e ostentam faixas a anunciar a greve geral e o plenário nacional de estudantes do Ensino Superior, que decorre esta noite em Coimbra.
Porém, o movimento de estudantes junto às faculdades é muito reduzido.
Por decisão do presidente da Associação Académica (AAC), Victor Hugo Salgado, do reitor e dos presidentes dos conselhos directivos das oito faculdades foi recomendado aos professores que autorizem o adiamento para datas posteriores da entrega de trabalhos ou realização de provas previstas para hoje.
Embora sem dados concretos, o presidente da Federação de Estudantes do Ensino Politécnico, Miguel Coelho, disse hoje que "tudo indica haver uma boa adesão da parte dos alunos" à greve de hoje, que deve culminar com o plenário nacional, com início às 22h00, que, segundo Victor Hugo Salgado, deverá resultar numa "posição de fundo" dos alunos contra o novo pacote legislativo para o sector. "As decisões que serão tomadas hoje servirão de base ao próximo encontro nacional de dirigentes associativos, daqui a 15 dias", disse o dirigente estudantil de Coimbra.