Presidente indonésia decreta lei marcial na província de Aceh
Segundo o decreto presidencial, lido à imprensa por um conselheiro militar da presidência, a lei marcial irá vigorar na província por um período de seis meses, que poderá ser eventualmente renovável.
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Segundo o decreto presidencial, lido à imprensa por um conselheiro militar da presidência, a lei marcial irá vigorar na província por um período de seis meses, que poderá ser eventualmente renovável.
O conselheiro adiantou ainda que o decreto autorizando operações militares na zona entrou em vigor às 00h00 de segunda-feira (18h00 em Lisboa).
A decisão de Sukarnoputri foi anunciada depois do falhanço das negociações, a decorrer em Tóquio, entre representantes do Governo indonésio e dirigentes dos rebeldes separatistas do Movimento Aceh Livre (GAM), para tentar recuperar um acordo de paz assinado anteriormente.
Um dos negociadores do Governo indonésio, Wiryono Sastrohandoyo, garantiu que Jacarta se mantém disponível para novas discussões com os rebeldes, mas afirmou à imprensa que estes “se preparam para a guerra”.
As negociações na capital nipónica eram vistas como uma última oportunidade para salvar o frágil trégua que durava há cinco meses na província, após 26 anos de guerra civil, durante os quais mais de dez mil pessoas morreram, na sua maioria civis.
Perante o impasse registado, Jacarta tinha já ontem ameaçado desencadear uma vasta operação militar contra os separatistas de Aceh, caso estes não desistissem de reivindicar um Estado independente. Governo indonésio ordenou nos últimos dias o envio de vários contingentes militares para a região, numa antecipação do reinício das hostilidades.