Atentado nas Filipinas atribuído à Frente Moro de Libertação Islâmica
O comissário Rodolfo Tor, responsável policial da região, estima que a Frente Moro esteja por trás do atentado, devido à metodologia utilizada no ataque, levado a cabo por um bombista suicida, que se fez explodir frente a um mercado.
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O comissário Rodolfo Tor, responsável policial da região, estima que a Frente Moro esteja por trás do atentado, devido à metodologia utilizada no ataque, levado a cabo por um bombista suicida, que se fez explodir frente a um mercado.
No entanto, um porta-voz da Frente Moro, Eid Kabalu, negou responsabilidade no ataque.
A cidade assistiu hoje ao segundo atentado do último mês. Um atentado, levado a cabo com uma granada em Abril, matou duas pessoas. O ataque foi também atribuído à Frente Moro de Libertação Islâmica.
Há quase 30 anos que guerrilhas muçulmanas lutam por um estado islâmico em Mindanau, no Sul das Filipinas. Apontam ao Governo de Manila a responsabilidade pela pobreza extrema da região, cujo rendimento "per capita" é cinco vezes inferior à média nacional. A resistência guerrilheira tornou-se na arma utilizada para fazer valer as reivindicações de seis milhões de muçulmanos, que vivem entre 76 milhões de católicos.
Dois grupos tomaram a luta a seu cargo: o Abu Sayyaf e a Frente Moro de Libertação Islâmica (MILF), resultantes de uma cisão na Frente Moro de Libertação Nacional (MNLF), no início dos anos 90, depois de ter sido negociada a criação de uma região autónoma em Mindanau.
A MILF prosseguiu a luta armada, contando com cerca de 15 mil homens, e exige a independência total. Desde 1972, mais de 120 mil pessoas morreram.