Acidente em túnel de Vieira do Minho faz dois mortos e cinco feridos (actualização)
O túnel, de 4,5 quilómetros de comprimento, servia para acesso à Central Hidroeléctrica Venda Nova II e fica situado entre as albufeiras de Venda Nova e Salamonde, no concelho de Vieira do Minho.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O túnel, de 4,5 quilómetros de comprimento, servia para acesso à Central Hidroeléctrica Venda Nova II e fica situado entre as albufeiras de Venda Nova e Salamonde, no concelho de Vieira do Minho.
Segundo Freitas Costa, engenheiro da EDP, uma concentração de pedras estaria a acumular água no tecto do túnel, onde se estava a abrir uma chaminé de respiração. Os homens apanhados pelo desmoronamento, que ocorreu por volta das 19h30, eram precisamente técnicos destacados pelo consórcio construtor (Somague e M.F.F.) para acompanhar a execução do furo. Freitas Costa assume que a operação era delicada, “arriscada” até, mas afiança que tinha sido previamente delineado um plano de segurança.
O acidente matou dois homens, ambos naturais de Montalegre: Armindo Gonçalves, de 65 anos, encarregado de obra e residente na freguesia de Vila Nova; e Manuel Silva, de 50 anos, técnico de segurança e morador na freguesia de Venda Nova.
Com a garantia de que não se encontrava qualquer outro trabalhador no local, as operações de socorro chegaram ao fim já esta madrugada com a retirada do segundo cadáver, uma operação complexa na qual os técnicos foram auxiliados por 12 bombeiros.
Entre os feridos, o caso mais grave é o de um engenheiro de 47 anos que se encontra ainda internado na Unidade de Cuidados Intermédios do Hospital de S. Marcos, em Braga. A chefe de equipa do hospital, Maria Sameiro Ferreira, explicou que este "é um doente poli-traumatizado, com um contusão cerebral e num quadro que obriga a vigilância completa, embora já não corra perigo de vida".
O outro ferido ainda internado, uma mulher com cerca de 35 anos, "já está numa situação estabilizada, que não oferece preocupações", adiantou a responsável. "A senhora foi sujeita a uma cirurgia ortopédica aos membros inferiores e foi transferida para o serviço de ortopedia, que agora acompanhará o seu estado", acrescentou a clínica.