De pôr os nervos em franja
É verdadeiramente de pôr os nervos em franja. Fica a dúvida sobre se Benigni acredita sinceramente "nisto", se esta é genuinamente a sua visão de um "neo-chaplinianismo" contemporâneo, ou se tudo não passa de uma calculada (e falhada) pose de humanismo auto-conscientemente "ingénuo". O mais fácil de salvar, ainda assim, é o gesto megalómano, como se Benigni, presença constante na cabeceira do Fellini moribundo, tivesse interiorizado a ideia de uma passagem de testemunho. Mas a simpatia pelo gesto não ilude a monstruosidade de "Pinóquio", filme para enervar os adultos e aterrar as criancinhas. Ou será tudo propositado, um filme para levarmos em cima com o lado mais desagradável do humor de Benigni?
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
É verdadeiramente de pôr os nervos em franja. Fica a dúvida sobre se Benigni acredita sinceramente "nisto", se esta é genuinamente a sua visão de um "neo-chaplinianismo" contemporâneo, ou se tudo não passa de uma calculada (e falhada) pose de humanismo auto-conscientemente "ingénuo". O mais fácil de salvar, ainda assim, é o gesto megalómano, como se Benigni, presença constante na cabeceira do Fellini moribundo, tivesse interiorizado a ideia de uma passagem de testemunho. Mas a simpatia pelo gesto não ilude a monstruosidade de "Pinóquio", filme para enervar os adultos e aterrar as criancinhas. Ou será tudo propositado, um filme para levarmos em cima com o lado mais desagradável do humor de Benigni?