EDP em segundo lugar no gás espanhol
A aquisição contempla a fusão do braço da HC para o negócio do gás, a Gas de Asturias, com a Naturcorp, de onde nascerá a "nova Naturcorp" na expressão dos gestores da EDP e na qual a Hidrocantábrico passará a deter 62 por cento pertencendo o restante ao Governo basco. Parte da operação é financiada através dos activos a que corresponde a Gas de Asturias, no valor de 227 milhões de euros, sendo o restante por entrada de capital, no total de 277,68 milhões de euros, repartida entre recurso a endividamento e aumento de capital, embora o modelo não esteja ainda definido entre os accionistas.
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A aquisição contempla a fusão do braço da HC para o negócio do gás, a Gas de Asturias, com a Naturcorp, de onde nascerá a "nova Naturcorp" na expressão dos gestores da EDP e na qual a Hidrocantábrico passará a deter 62 por cento pertencendo o restante ao Governo basco. Parte da operação é financiada através dos activos a que corresponde a Gas de Asturias, no valor de 227 milhões de euros, sendo o restante por entrada de capital, no total de 277,68 milhões de euros, repartida entre recurso a endividamento e aumento de capital, embora o modelo não esteja ainda definido entre os accionistas.
A administração da EDP prevê que o impacto desta aquisição dê já um contributo positivo para os resultados da HC e da própria EDP já em 2003, considerando que a vantagem sobre os outros concorrentes assentou num "forte projecto industrial", dado "aportar activos ao negócio do gás". Apesar de garantir o controlo da "nova Naturcorp", a HC passa a desenvolver toda a actividade deste negócio "através da Naturcorp, cuja sede se manterá no País Basco".
A médio prazo está, no entanto, prevista a diluição da presença oficial basca entre os respectivos municípios e caixas de poupança de Euskadi. Então, o Executivo de Euskadi ficará com dez por cento do capital da empresa. Quanto à Gas de Asturias "manterá os seus centros de trabalho no Principado, assim como a sua denominação de marca para o seu mercado".
Meio milhão de clientesO segundo maior operador gasista espanhol terá, assim, mais de meio milhão de clientes e uma quota de mercado de oito por cento, mas que os seus responsáveis prevêem chegar a 10 por cento antes do final do ano.
A rede de distribuição da nova sociedade terá 3.900 quilómetros de extensão nas Astúrias, País Basco - por via de Gás de Euskadi, Bilbogas, Donostigas e Gasnalsa -, mais uma presença no mercado catalão, através da Gás Figueras. A nova empresa tem, ainda, projectos já em fase de desenvolvimento em Murcia e na ilha de Menorca, no arquipélago balear.
Quanto ao transporte, tem uma rede de 165 quilómetros nas Astúrias, País Basco, Castela e Leão e Navarra e projectos ambiciosos. Para já, tem prevista a única ligação com França, que poderá estar operacional em 2006. O plano industrial apresentado pela HC contempla investimentos totais de 523 milhões de euros entre este ano e 2007, dos quais 214 milhões serão destinados a Euskadi. Dentro de quatro anos, é esperada uma quota de mercado de 18 por cento e uma carteira de clientes superior a 940 mil.
Para o governo basco, a proposta de HC ganhou por ser a melhor. Josu Jon Imaz, responsável da área da Indústria do Executivo regional de Vitória, considerou mais válida a proposta da HC perante os outros concorrentes: a basca Iberdrola, o grupo Gás Natural e a italiana Enel. Os accionistas da HC, para além da EDP, são a EnBW, participada pela EDF, com 35 por cento do capital, e a CajAstur, com o restante.