EUA avisam Israel sobre operações no Oeste do Iraque
Os responsáveis israelitas que comunicaram esta informação, que pediram o anonimato à AFP, adiantaram que soldados norte-americanos, provavelmente integrados em pequenas unidades das forças especiais, estão a tentar garantir a segurança no Oeste do Iraque, de forma a impedir que possam ser lançados mísseis contra Israel, como aconteceu durante a primeira Guerra do Golfo (1990-91), altura em que o Iraque lançou 39 Scud, causando dois mortos, centenas de feridos e elevados danos materiais.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os responsáveis israelitas que comunicaram esta informação, que pediram o anonimato à AFP, adiantaram que soldados norte-americanos, provavelmente integrados em pequenas unidades das forças especiais, estão a tentar garantir a segurança no Oeste do Iraque, de forma a impedir que possam ser lançados mísseis contra Israel, como aconteceu durante a primeira Guerra do Golfo (1990-91), altura em que o Iraque lançou 39 Scud, causando dois mortos, centenas de feridos e elevados danos materiais.
A rádio pública israelita noticiou operações "em grande escala" das forças especiais norte-americanas, apoiadas pela aviação britânica, na zona Oeste do Iraque. Segundo a mesma rádio, os EUA informaram altos responsáveis militares israelitas das operações levadas a cabo pelos seus soldados, nomeadamente buscas a "locais suspeitos" onde poderão estar dissimulados os Scud iraquianos.
Antes da ofensiva militar, Washington assegurou várias vezes Israel de que uma das suas prioridades seria enviar tropas para o Oeste, para destruir eventuais lançadores de mísseis.
Anteontem, o chefe dos serviços de informações militares israelitas, Aharon Zeevi, adiantou que Israel não colocou baterias antimísseis naquela zona.
Ao contrário do que aconteceu em 1990-91, em que Israel cedeu às pressões dos EUA para não responder aos ataques iraquianos, o primeiro-ministro Ariel Sharon já garantiu que reagirá a qualquer ofensiva de Bagdad.
"Esperamos não ser implicados nesta guerra. Mas, se isso acontecer, o Estado de Israel está pronto para enfrentar qualquer ameaça, tanto no plano defensivo como ofensivo", declarou Sharon.
Entre as medidas de precaução já tomadas por Israel contam-se a mobilização de milhares de reservistas, o estado de alerta da aviação, a colocação de baterias antimísseis, a distribuição de máscaras de gás á população e a vacinação contra a varíola de milhares de soldados e de socorristas.
O Exército israelita colocou em serviço uma rádio "silenciosa", que será usada em caso de ser necessário comunicar informações e aconselhar a população.
Uma hora e meia antes de desencadearem a "Operação Decapitação", que consistiu nos primeiros ataques cirúrgicos contra edifícios ligados ao regime em Bagdad, os EUA avisaram Israel de que a ofensiva iria começar.