Blair: derrube do regime iraquiano é o primeiro objectivo da guerra
"É um facto que a única forma de conseguir retirar ao Iraque as suas armas de destruição maciça é o derrube do regime, pelo que esse derrube deve ser o nosso objectivo", declarou o chefe de Governo britânico durante a sessão semanal de perguntas ao Governo no Parlamento.
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"É um facto que a única forma de conseguir retirar ao Iraque as suas armas de destruição maciça é o derrube do regime, pelo que esse derrube deve ser o nosso objectivo", declarou o chefe de Governo britânico durante a sessão semanal de perguntas ao Governo no Parlamento.
"É, no entanto, importante sublinhar que chegámos a esta decisão depois de ter dado a Saddam todas as oportunidades para se desarmar voluntariamente", acrescentou Blair perante a Câmara dos Comuns, onde ontem resisitiu a uma prova de fogo, ao conseguir que a maioria dos deputados desse o seu apoio à partipação britânica na guerra apesar de um em cada três parlamentares trabalhistas terem votado contra.
Blair deixou ainda claro que "as altas patentes militares" vão ser responsabilizadas pelas acções que tomarem: "Creio que é muito importante que os que ocupam posições importantes no regime de Saddam Hussein sejam considerados responsáveis do que vierem a fazer", declarou num claro alerta aos responsáveis militares iraquianos.
Já na passada segunda-feira, o Presidente norte-americano, George W. Bush, tinha apelado aos generais iraquianos para não obedecerem às ordens de Saddam, afirmando que o argumento de estarem a cumprir ordens não será posteriormente aceite como defesa.
Chirac prevê guerra para os "próximos dias"Numa altura em que aumentam os indícios de que a guerra está iminente — esta manhã fontes da segurança kuwaitiana adiantaram que as tropas americanas entraram na zona desmilitarizada criada entre o Iraque e o Kuwait —, o Presidente francês, Jacques Chirac, afirmou esta manhã que "é provável o início nos próximos dias de uma guerra no Iraque".
Chirac, que falava durante a reunião semanal do Conselho de Ministros, apelou ao Governo para estar "plenamente mobilizado, atento e vigilante". "Mais do que nunca, é necessário antecipar-se e estar mobilizado para responder às expectativas, inquietudes e dificuldades nos nossos cidadãos", declarou o chefe de Estado francês, citado pelo porta-voz do Governo.