Papa João Paulo II apela ao Iraque para cooperar e evitar a guerra
"Os líderes políticos em Bagdad têm o dever urgente de colaborar totalmente com a comunidade internacional e assim eliminar qualquer motivo para um ataque militar", disse o Papa na sua oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ainda dirigindo-se aos líderes iraquianos, João Paulo II apelou: "O destino do vosso povo deve ser sempre a vossa prioridade".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"Os líderes políticos em Bagdad têm o dever urgente de colaborar totalmente com a comunidade internacional e assim eliminar qualquer motivo para um ataque militar", disse o Papa na sua oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ainda dirigindo-se aos líderes iraquianos, João Paulo II apelou: "O destino do vosso povo deve ser sempre a vossa prioridade".
"Também gostaria de lembrar os países membros das Nações Unidas, especialmente aqueles que fazem parte do Conselho de Segurança, que o uso da força representa apenas um último recurso", acrescentou o Sumo Pontífice.
"Tendo em conta as tremendas consequências de uma guerra para o povo iraquiano, digo que ainda há tempo para negociar, ainda há tempo para a paz", disse.
Por ter sobrevivido à Segunda Guerra Mundial, João Paulo II afirmou ter o dever de dizer ao mundo: "Guerra, nunca mais".
O líder dos mil milhões de católicos no mundo, com 82 anos, tem-se empenhado numa vigorosa campanha diplomática contra o eventual ataque ao Iraque, destacando-se como uma das vozes mais importantes que se têm levantado contra a guerra.
João Paulo II reuniu-se com os primeiro-ministros britânico e espanhol, com o primeiro-ministro iraquiano Tareq Aziz e com o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.