Júdice quer "calar" fugas de informação e pede intervenção a PGR e PJ
José Miguel Júdice criticava assim a revelação de alegados pormenores da investigação do caso Casa Pia, uma posição do bastonário que tem o aval do Conselho Geral e dos presidentes dos conselhos distritais da Ordem.
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José Miguel Júdice criticava assim a revelação de alegados pormenores da investigação do caso Casa Pia, uma posição do bastonário que tem o aval do Conselho Geral e dos presidentes dos conselhos distritais da Ordem.
"Consideramos intolerável que se continua a tentar fazer a investigação ou preparar uma acusação nos órgãos de comunicação social, fragilizando muito fortemente o exercício do direito de defesa dos arguidos", defendeu o bastonário.
Júdice apela "solenemente ao procurador-geral da República e ao director nacional da PJ para que algum deles consiga, utilizando se necessário os instrumentos legais ao seu dispor, calar as chamadas fontes que trazem para a praça pública o que devia estar abrangido pelo segredo de justiça" no processo Casa Pia.
O bastonário, que já conversou sobre este assunto com Serra Lopes, advogado de defesa do apresentador de televisão Carlos Cruz (em prisão preventiva por suspeito de abuso sexual de menores), manifestou ainda "total solidariedade" aos advogados que têm a "difícil missão de defender arguidos nestas condições".
O escândalo de pedofilia envolvendo alunos da Casa Pia de Lisboa levou à prisão preventiva de Carlos Cruz, do médico João Ferreira Diniz e do ex-funcionário da instituição Carlos Silvino da Silva "Bibi".
Também o ex-advogado de "Bibi", Hugo Marçal, foi detido e interrogado por um juiz do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, por suspeita de lenocínio (incentivo à prostituição), mas acabou por aguardar o desenrolar do processo em liberdade provisória, mediante o pagamento de uma caução de 10 mil euros.