Powell: Iraque não está a cooperar de forma "imediata, activa e incondicional"
"Se o Iraque quisesse genuinamente desarmar-se, os inspectores não teriam que procurar a informação, ela seria-lhes fornecida. Os inspectores não têm que levantar todas as pedras no Iraque", declarou o chefe da diplomacia norte-americana perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde pouco antes o chefe da missão dos inpectores apresentara um novo relatório sobre o processo de desarmamento iraquiano.
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"Se o Iraque quisesse genuinamente desarmar-se, os inspectores não teriam que procurar a informação, ela seria-lhes fornecida. Os inspectores não têm que levantar todas as pedras no Iraque", declarou o chefe da diplomacia norte-americana perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde pouco antes o chefe da missão dos inpectores apresentara um novo relatório sobre o processo de desarmamento iraquiano.
Powell considera que se o regime iraquiano tivesse vontade de destruir as suas armas de destruição maciça, "a sua cooperação seria entusiástica", apresentando todos os documentos que lhe foram solicitados. Contudo, declarou, os "pequenos passos" dados até agora por Bagdad "não são iniciativas, mas o resultado da pressão internacional e da ameaça do uso da força".
Lembrando que a resolução 1441 — aprovada em Novembro do ano passado — exigia de Bagdad uma cooperação "total e imediata", o chefe da diplomacia norte-americana afirmou que, ao mesmo tempo que são destruídos "alguns Al-Samud II", o regime iraquiano mantém intactas as estruturas que lhes permitem fabricar novos mísseis. A atitude de Bagdad ao longo dos últimos anos é "um catálogo de não cooperação", declarou.
Powell considera, por isso, que chegou o tempo de o Conselho de Segurança assumir as suas responsabilidades para alcançar o completo desarmamento do regime iraquiano, "não esquecendo os horrores que aconteceram no Iraque". "É altura de o Conselho de Segurança enviar uma mensagem clara" ao regime iraquiano, afirmou, para de seguida acrescentar: "Se falharmos em assumir as nossas responsabilidades, a credibilidade deste Conselho vai sofrer".
Nesse sentido, os EUA vão, "num futuro breve", submeter a votação no Conselho de Segurança um projecto de resolução, abrindo caminho a uma acção militar contra o Iraque. "O tempo continua a passar e as consequências para Saddam Hussein da recusa em desarmar-se serão muito, muito reais", concluiu.