Desencantado e esperançado

Panahi, cineasta menos sistemático (menos "formalista", eventualmente) do que o realizador de "Dez", nem por isso deixa de conseguir ser menos terrível – e "O Círculo", que permite inúmeras comparações com "Dez", prova-o bem. Filme duro e cru, ao mesmo tempo desencantado e esperançado, é outro sinal de que no cinema iraniano parece estar a acabar o tempo da metáfora e se filmam as coisas com uma maior frontalidade. Haverá saída, e que saída será, para este "círculo"?

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Panahi, cineasta menos sistemático (menos "formalista", eventualmente) do que o realizador de "Dez", nem por isso deixa de conseguir ser menos terrível – e "O Círculo", que permite inúmeras comparações com "Dez", prova-o bem. Filme duro e cru, ao mesmo tempo desencantado e esperançado, é outro sinal de que no cinema iraniano parece estar a acabar o tempo da metáfora e se filmam as coisas com uma maior frontalidade. Haverá saída, e que saída será, para este "círculo"?