Morreu João César Monteiro
A notícia, avançada pela SIC Notícias, foi confirmada à Lusa pelo produtor de César Monteiro, Paulo Sousa. "João César Monteiro faleceu hoje à tarde, vítima de doença prolongada", disse o produtor da Madragoa Filmes, que não adiantou outros pormenores.
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A notícia, avançada pela SIC Notícias, foi confirmada à Lusa pelo produtor de César Monteiro, Paulo Sousa. "João César Monteiro faleceu hoje à tarde, vítima de doença prolongada", disse o produtor da Madragoa Filmes, que não adiantou outros pormenores.
O realizador e actor, nascido em 1939, na Figueira da Foz, fica para a história do cinema português pela irreverência dos seus filmes, que sempre geraram muita polémica. Surpreendeu tudo e todos com a sua penúltima obra, "Branca de Neve", na qual o ecrã se mantinha, durante os 75 minutos da película, quase sempre negro. "Vai e vem" é o título do último filme que João César Monteiro ainda teve tempo de concluir, mas que ainda não estreou (não tendo sequer data marcada).
César Monteiro venceu o Prémio do Júri do Festival de Cinema de Veneza em 1995 pelo filme "A Comédia de Deus".
Começou a trabalhar em cinema como assistente de Perdigão Queiroga. Em 1963, graças a uma bolsa da Fundação Gulbenkian, foi estudar cinema para a London School of Film Technique. O seu primeiro filme, "Quem espera por sapatos de defunto morre descalço", começou a ser rodado em 1965, mas só foi concluído cinco anos depois. A sua primeira longa-metragem é "Fragmentos de um Filme-Esmola" (1972).
Pertencente a uma família da burguesia rural, anti-clerical e anti-salazarista, César Monteiro afirmava que "a escola é a retrete cultural do opressor".