Santana desiste de Belém para Cavaco
"Se o professor Cavaco Silva quiser ser candidato e se tiver condições para ganhar, como eu penso que pode ter, terá o meu apoio", afirma Santana.
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"Se o professor Cavaco Silva quiser ser candidato e se tiver condições para ganhar, como eu penso que pode ter, terá o meu apoio", afirma Santana.
O presidente da câmara de Lisboa sustenta esta decisão em "lógicas de vida". "Na vida há regras - não quero dizer precedências - mas há lógicas de vida. E a lógica de vida do professor Cavaco Silva, quando comparada com a minha, recomenda que se ele quiser ser candidato e tiver condições para ganhar, eu apoio."
Santana disse ainda que "nunca competiria" com Cavaco Silva dentro do PSD, em eleições primárias (hipótese que admitiu ao PÚBLICO em Julho deste ano), para ser candidato a Belém. Mas logo acrescentou: "Não é por medo, note. É por respeito, é por respeito."
A proto-candidatura presidencial de Santana Lopes foi lançada pelo próprio no último congresso do PSD, em Julho deste ano, no Coliseu dos Recreios. No palanque, fez votos para que Durão Barroso levasse o PSD a alcançar o velho sonho de Sá-Carneiro: um governo, uma maioria, um Presidente. Depois, aos jornalistas, afirmaria que o partido não tinha "candidatos naturais" a Belém - ou seja, Cavaco Silva não era uma inevitabilidade. Em declarações ao PÚBLICO acrescentou estar disponível para disputar com o ex-primeiro-ministro, em eleições primárias no PSD, o apoio do partido a uma candidatura presidencial.