Bagão Félix contesta números da CGTP sobre adesão à greve geral
Para Bagão Félix, a adesão à greve na administração pública é de 25 por cento e no sector privado cai para entre 10 a 20 por cento, desvalorizando os números apresentados por Carvalho da Silva em conferência de imprensa.
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Para Bagão Félix, a adesão à greve na administração pública é de 25 por cento e no sector privado cai para entre 10 a 20 por cento, desvalorizando os números apresentados por Carvalho da Silva em conferência de imprensa.
O líder da CGTP mostrou-se satisfeito com os indicadores de que dispõe até ao momento, afirmando que esta é uma resposta dos trabalhadores à política do Governo.
Carvalho da Silva congratulou-se com o facto de as empresa privadas de transportes e o sector dos serviços terem aderido em massa a este dia de luta, contra a alteração da legislação laboral.
A intersindical admite que a adesão mais visível se encontra nos transportes públicos, mas destaca o número de trabalhadores da indústria, saúde e ensino — em que chama a atenção para o ensino superior, indicando a existência de uma adesão de entre 70 e 75 por cento nas universidades Clássica, Técnica e Nova de Lisboa — que optaram por apoiar a iniciativa da CGTP. No sector industrial, a CGTP destaca uma forte adesão na AutoEuropa (de cerca 85 por cento).
Comparando com a última greve da Função Pública, o mentor da greve de hoje - que não conta com a parceira UGT - disse que o nível de adesão é superior. No dia 14 de Novembro a paralisação da Função Pública foi superior a 80 por cento, segundo os números dos sindicatos.
O dirigente da CGTP-IN condenou também a actuação da GNR na região de Aveiro, ao deter dois sindicalistas, na sequência de alegadas injúrias contra os agentes da força policial.
Face aos resultados, prosseguiu Carvalho da Silva, esta é a altura para o Executivo arrepiar caminho e pensar sobre aquilo que deve ser o desenvolvimento do país.
Contrariando esta ideia, Bagão Félix assume que este é o caminho certo e falou de uma "pseudo-greve", que apenas fortalece os propósitos do Governo de realizar reformas na sociedade portuguesa.