Manchas de fuel-óleo continuam a afastar-se da costa portuguesa

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Manchas de dimensões variadas estendiam-se ontem ao largo dos paralelos entre Caminha e Leixões EPA

Ontem, as manchas encontravam-se entre 50 a 70 quilómetros da costa portuguesa. Hoje, segundo Baganha Fernandes, chefe do Serviço de Combate à Poluição da Marinha, o vento está a afastar as manchas para o alto mar, o que "é positivo para nós".

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Ontem, as manchas encontravam-se entre 50 a 70 quilómetros da costa portuguesa. Hoje, segundo Baganha Fernandes, chefe do Serviço de Combate à Poluição da Marinha, o vento está a afastar as manchas para o alto mar, o que "é positivo para nós".

Manchas de dimensões variadas estendiam-se ontem ao largo dos paralelos entre Caminha e Leixões, algumas das quais com cerca de dez a 20 metros de extensão, de cor acastanhada escura e compactas.

Apesar de receberem os sinais de afastamento das manchas de combustível com agrado, as autoridades portuguesas mantêm as medidas anti-poluição marítima, nomeadamente continuando a colocar barreiras de protecção no Rio Minho.

Ontem, e como se tem verificado nos últimos dias, as correntes e o vento dificultaram a fixação das barreiras flutuantes, pelo que hoje estão a ser instaladas novas barreiras para formar uma espécie de saco, onde será recolhido o fuel-óleo que eventualmente dê à costa.

Outros meios concentram-se agora em Viana do Castelo, onde está já fundeado um navio com alguma capacidade para recolha de fuel-óleo no mar e estando também prevista a chegada de uma lancha de desembarque, que se juntam à draga que já se encontra em Viana há alguns dias.

Estas embarcações têm capacidade de recolha de fuel-óleo mas, como reconheceu Baganha Fernandes, "apresentam algumas limitações resultantes do estado do mar".

Desde o naufrágio do "Prestige" já foram libertadas para o oceano pelo menos 20 mil das 77 toneladas de combustível transportadas nos tanques do petroleiro, que causaram duas marés negras nas costas da província espanhola.

Hoje, os ministros do Ambiente da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para, entre outros temas, delinearem formas de combate a este tipo de acidentes. O ministro Isaltino Morais vai fazer pressão sobre os seus homólogos para que sejam criadas formas de reacção comunitárias a tragédias ambientais.

O ministro da Defesa, Paulo Portas, anunciou ontem também que vai ser instalada uma plataforma para sugar o combustível libertado pelo "Prestige" na zona de afundamento do petroleiro. A plataforma resulta de um acordo de Lisboa com o Governo da Noruega e deve chegar esta semana a Portugal.