Suspeita de infanticídio presente hoje no tribunal de Ponte de Lima
Em menos de 24 horas, os elementos da Polícia Judiciária de Braga conseguiram localizar a suspeita, procurada pelas autoridades desde a última vez que havia sido vista, às 23h30 de segunda feira. Na madrugada de ontem, alguns elemntos dos Bombeiros e da GNR local encontraram o cadáver daop recém nascido, embrulhado num lençol, nas traseiras de um anexo, junto á casa da suspeita.
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Em menos de 24 horas, os elementos da Polícia Judiciária de Braga conseguiram localizar a suspeita, procurada pelas autoridades desde a última vez que havia sido vista, às 23h30 de segunda feira. Na madrugada de ontem, alguns elemntos dos Bombeiros e da GNR local encontraram o cadáver daop recém nascido, embrulhado num lençol, nas traseiras de um anexo, junto á casa da suspeita.
Quando na noite de segunda feira os militares da GNR do Posto de Ponte de Lima receberam uma chamada a alertar "para o comportamento estranho" de uma senhora que estaria num café da aldeia havia "mais de três horas", sozinha, sabendo que a mesma senhora era mãe de um recém-nascido, porventura estaria longe de adivinhar o que iriam presenciar a seguir. Chegados ao local, a referida mãe, viúva, já não estava no café, nem sequer estava na casa onde morava com mais dois filhos menores, de 14 e 12 anos, no lugar da Ameixieira, freguesia de Boalhosa, Ponte de Lima. Foram também os militares da GNR que, umas horas mais tarde, cerca das 4h45, viram desenterrar pelos Bombeiros o cadáver de um menino com quatro dias de vida embrulhado num lençol. O cadáver foi transportado para o Hospital de Ponte de Lima, para depois ser transferido para o Instituto de medicina Legal para ser submetido a autópsia.
O caso deixou a freguesia de Boalhosa "em estado de choque", como confirmou, em declarações à Lusa, o próprio presidente da Junta local, Armindo Ribeiro. Segundo o autarca, a mãe da criança "vive em condições precárias, numa casa degradada e não trabalha". "A Junta sempre se disponibilizou para lhe tratar dos papéis para o Rendimento Mínimo Garantido, mas ela nunca quis. Não sei do que vive", referiu Armindo Ribeiro. Ainda segundo o relato do presidente da Junta, a mulher, viúva há sete anos, teve o filho no Hospital de Santa Luzia, Viana do Castelo, e segunda-feira regressou a casa com a criança, um facto que terá sido "testemunhado pelo taxista que a transportou".
O caso foi entregue à Polícia Judiciária que continua a liderar as investigações da localização da mãe da criança e dos seus outros dois filhos, menores. Fonte da GNR conformou ao PÚBLICO que as autoridades suspeitam de um infanticídio. "Não sabemos ainda quando é que o crime foi cometido. Porventura, quando fomos chamados porque a senhora estava no café, já algo teria acontecido", avançou a mesma fonte. A suspeita acabou por ser encontrada ao princípio da tarde de ontem, numa outra freguesia de Ponte de Lima, acompanhado por apenas um dos seus filhos.