Durão Barroso considera Turquia insuficiente no respeito pelos direitos humanos

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Durão Barroso manifestou-se contra a exclusão da Turquia ou de outro país, baseada na sua religião maioritária Mladen Antonov/EPA

"É um problema extremamente difícil e tem a ver com o não cumprimento ainda do que nós consideramos o mínimo em matéria de direitos humanos", afirmou o primeiro-ministro, referindo-se ao impasse nas negociações para a adesão da Turquia à UE.

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"É um problema extremamente difícil e tem a ver com o não cumprimento ainda do que nós consideramos o mínimo em matéria de direitos humanos", afirmou o primeiro-ministro, referindo-se ao impasse nas negociações para a adesão da Turquia à UE.

A posição portuguesa, referiu Durão Barroso, vai ser reafirmada na próxima segunda-feira num encontro do primeiro-ministro com o líder da maioria na Turquia, Recyp Erdogan.

"É mais fácil um islâmico moderado realizar as reformas na Turquia do que um ortodoxo do laicismo", acrescentou Durão Barroso sobre o encontro que vai manter com Erdogan.

"Não há nenhuma razão para a Turquia não ser membro da União Europeia, desde que cumpra todas as obrigações a que está vinculado um membro da União Europeia, em termos económicos, políticos e jurídicos", defendeu o primeiro- ministro.

Durão Barroso manifestou-se contra a exclusão da Turquia ou de outro país, "baseada na sua religião maioritária", uma possibilidade que disse ser "revoltante e que vai contra todos os valores em que assenta a civilização europeia".

No entanto, admitiu não ter dúvidas de que "a entrada da Turquia vai colocar imensas dificuldades".