Nações Unidas estimam que vivam na América Latina 221 milhões de pobres

Sete milhões de pobres juntaram-se este ano aos 214 milhões recenseados no continente em 2001, informa, no seu relatório, a CEPAL, organismo das Nações Unidas sediado em Santiago.

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Sete milhões de pobres juntaram-se este ano aos 214 milhões recenseados no continente em 2001, informa, no seu relatório, a CEPAL, organismo das Nações Unidas sediado em Santiago.

A taxa de pobreza aumentou fortemente na Argentina, país afectado por uma crise económica aguda, e progrediu bastante na Venezuela, Paraguai e Uruguai.

"A Argentina tem um enorme peso no aumento da pobreza" na região, comentou o secretário executivo do organismo, o colombiano José Antonio Ocampo.

Entre 1990 e 2001, o número de pobres cresceu dez milhões, afirma a CEPAL, acrescentando considerar muito improvável que os objectivos definidos na Cimeira do Milénio das Nações Unidas, em Setembro de 2000, possam ser atingidos.

Estes prevêm, nomeadamente, a redução da pobreza para metade até 2015, tentando garantir um crescimento do PIB em sete por cento, por ano, nos países em desenvolvimento.