Sampaio diz que distrito da Guarda tem os mais baixos indicadores na saúde

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Sampaio realiza até domingo a presidência aberta nos 14 concelhos do distrito da Guarda Paulo Novais/Lusa

O chefe de Estado — realiza até domingo a presidência aberta nos 14 concelhos do distrito da Guarda — disse também que aquele índice é "uma questão séria do ponto de vista da equidade e capacidade", considerando como um "elemento fundamental em qualquer serviço".

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O chefe de Estado — realiza até domingo a presidência aberta nos 14 concelhos do distrito da Guarda — disse também que aquele índice é "uma questão séria do ponto de vista da equidade e capacidade", considerando como um "elemento fundamental em qualquer serviço".

O Hospital da Guarda tem-se debatido com carência de pediatras (tem um especialista efectivo e um contratado), facto que Sampaio disse estar a ser resolvido, comentando que talvez a sua presença "pudesse ter contribuído para a aceleração do processo de dotar o Hospital da Guarda de vários pediatras". "Fico muito feliz", frisou.

Sampaio referiu igualmente que a situação "não foge à normalidade", que "há serviços médicos que funcionam bem, que têm cuidados de saúde diferenciados, que são muito significativos".

"Problema geral de gestão de recursos"

Comentou, entretanto, que "há um problema geral de gestão de recursos, de acesso, de bom funcionamento do sistema [de saúde], de modo que [os meios] possam ser divididos entre as áreas mais distantes e as áreas mais próximas, onde está a grande presença dos médicos e enfermeiros".

O sistema de saúde "luta com um problema clássico que nos manteve distraídos a todos nas decisões dos últimos 20 anos", referindo-se à falta de enfermeiros, o que na sua perspectiva causa alguns problemas na rotação, na aplicação dos quadros e gestão de recursos humanos.

Citando como exemplo a sua pessoa, ao recorrer aos hospitais para uma intervenção cirúrgica do foro cárdio- torácico, Sampaio opinou: "temos o que há de melhor". Justificou que já esteve "em hospitais portugueses em que o nível de recursos e capacidade científica dos profissionais é excelente".

Educação para a saúde

Contudo, considerou que o problema do sistema "é saber como isto se articula, é gerido, como a distribuição é correcta, como é que pessoas dizem que têm acesso a cuidados de saúde que respondem às suas dificuldades, e a educação para a saúde".

"Nós temos de ser uns elementos activos para a nossa educação para a saúde", salientou o Presidente da República, que considerou que "não podemos deixar tudo para o sistema de saúde".

Jorge Sampaio disse que a saúde é "um elemento essencial para o nosso próprio desenvolvimento", adiantando que se fala muito de interioridade, mas que no caso da Guarda" as despesas de saúde dos habitantes do distrito são das mais baixas do país, o que tem consequências e significado". "É preciso equilibrar isto um pouco mais, e equilibrar mais significa ter mais saúde, mais capacidade de ter as respostas de que necessitamos", disse ainda Sampaio.