O espírito de uma época
Serve como peça de memorabilia dos loucos anos de Manchester, o que, só por si, já merece uma espreitadela. Não é uma reconstituição "tout court" (embora os actores sejam sósias de Ian Curtis, Bernard Sumner, Sean Ryder), nem uma descontrução (apesar das constantes piscadelhas de olho, com o protagonista a falar para os espectadores). O filme de Winterbottom tenta, então, captar o espírito de uma época e isso consegue-o razoavelmente (alerta: nostalgia), embora à custa da falta de espessura das personagens (a certa altura, o filme parece dar-se conta disso, quando mostra Tony Wilson a visitar a sua primeira mulher no hospital), por vezes a roçar a caricatura. Nem o patrão da Factory e da Haçienda, figura central no filme, escapa: Manchester não teve rei nem roque, mas um bobo da corte chamado Tony Wilson.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Serve como peça de memorabilia dos loucos anos de Manchester, o que, só por si, já merece uma espreitadela. Não é uma reconstituição "tout court" (embora os actores sejam sósias de Ian Curtis, Bernard Sumner, Sean Ryder), nem uma descontrução (apesar das constantes piscadelhas de olho, com o protagonista a falar para os espectadores). O filme de Winterbottom tenta, então, captar o espírito de uma época e isso consegue-o razoavelmente (alerta: nostalgia), embora à custa da falta de espessura das personagens (a certa altura, o filme parece dar-se conta disso, quando mostra Tony Wilson a visitar a sua primeira mulher no hospital), por vezes a roçar a caricatura. Nem o patrão da Factory e da Haçienda, figura central no filme, escapa: Manchester não teve rei nem roque, mas um bobo da corte chamado Tony Wilson.