Carlos Brito, Edgar Correia e Carlos Luís Figueira foram notificados pela direcção para responderem disciplinarmente pelas posições que têm assumido publicamente, criticando o rumo do partido e exigindo a realização de um congresso extraordinário desde as autárquicas de 13 de Dezembro.

Carlos Brito, Edgar Correia e Carlos Luís Figueira foram notificados pela direcção para responderem disciplinarmente pelas posições que têm assumido publicamente, criticando o rumo do partido e exigindo a realização de um congresso extraordinário desde as autárquicas de 13 de Dezembro.

Um dos organizadores do evento, Manuel Dias, explica que os militantes comunistas do Algarve "perderam a fé e decidiram pensar pela sua própria cabeça", insurgindo-se contra as sanções, que consideram ser "o acto menos inteligente que a direcção poderia ter tomado".

Já no próximo domingo, militantes e apoiantes comunistas reúnem-se também num hotel de Lisboa para a "tribuna da indignação", outra iniciativa para condenar os processos disciplinares em curso no PCP.

Foi adiada para segunda-feira a audiência entre a direcção do PCP e Carlos Brito, no âmbito do processo interno que foi aberto a este dirigente histórico e ex-líder parlamentar do PCP por alegado comportamento anti-estatutário.

Ontem de manhã, dia em que se devia ter realizado o encontro, um membro do Secretariado do PCP telefonou a Carlos Brito anunciando-lhe que a direcção aceitava o seu pedido e ia enviar-lhe uma nota escrita sobre o seu caso e as acusações que lhe são movidas. Recorde-se que, assim que recebeu, na segunda-feira passada, a carta registada a convocá-lo para uma audiência, Brito escreveu ao Secretariado pedindo que lhe fossem facultadas por escrito as acusações que lhe são imputadas.

Por sua vez, Edgar Correia e Carlos Luís Figueira, que também foram convocados pela direcção para ser ouvidos no âmbito de processos internos, seguiram a atitude de Brito e exigiram, em carta ao Secretariado, que lhes seja enviado por escrito o rol das acusações que lhes são movidas