Primeira embaixada de Timor-Leste abre hoje em Lisboa
Pascoela Barreto, representante em Portugal do CNRT (Conselho Nacional da Resistência Timorense) até à extinção deste movimento, em 2001, e depois da administração transitória, é também a partir de hoje a primeira representante diplomática de Timor-Leste.
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Pascoela Barreto, representante em Portugal do CNRT (Conselho Nacional da Resistência Timorense) até à extinção deste movimento, em 2001, e depois da administração transitória, é também a partir de hoje a primeira representante diplomática de Timor-Leste.
Os principais dirigentes timorenses afirmaram por diversas vezes que a primeira embaixada do novo país seria em Lisboa, um gesto simbólico tendo em conta as relações especiais entre Timor-Leste e Portugal.
A segunda embaixada de Timor-Leste a abrir será a da Indonésia, ao que tudo indica em Outubro. O embaixador deverá ser o antigo vice-presidente da Assembleia Constituinte, Arlindo Marçal.
Pascoela Barreto apresenta às 11h30 a Jorge Sampaio as cartas credenciais, o que a torna oficialmente a primeira representante diplomática de Timor-Leste.
A embaixada de Timor-Leste fica por enquanto no mesmo lugar em que funcionava a Missão, um pequeno apartamento de um edifício na Avenida Infante Santo, em Lisboa, embora decorram conversações com o Governo português na procura de um local mais "digno".
Pascoela Barreto dos Santos nasceu em Junho de 1946 em Bazartete, Liquiçá. Em 1970 veio para Portugal e formou-se em Sociologia pelo ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa), de Lisboa.
Foi funcionária da Direcção-Geral de Transportes Terrestres, de Portugal, de 1973 até este ano. Com a criação do CNRT, em 1998, passou a fazer parte da Comissão Executiva do órgão que substituiu o CNRM (Conselho Nacional da Resistência Timorense) e tornou-se sua representante em Portugal de 1999 a 2001.
Foi chefe da Missão de Ligação, em Portugal, da Administração Transitória de Timor-Leste desde Julho de 2001 a 20 de Maio deste ano, dia da independência.