Xanana Gusmão recebido com honras de Estado em Jacarta

Foto
A visita de estado de Xanana Gusmão à Indonésia foi encurtada em 24 horas depois de Jacarta ter cancelado uma deslocação a Makassar Adek Berry/AFP

Depois de terem sido tocados os dois hinos, ao mesmo tempo em que era ouvida uma salva de 21 tiros, Xanana Gusmão saiu da tribuna de honra para passar revista às tropas em parada.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Depois de terem sido tocados os dois hinos, ao mesmo tempo em que era ouvida uma salva de 21 tiros, Xanana Gusmão saiu da tribuna de honra para passar revista às tropas em parada.

O Governo de Jacarta preparou com grande zelo esta primeira visita de Estado de Xanana Gusmão à Indonésia cortando o trânsito ao longo dos cerca de 16 quilómetros do trajecto que liga o aeroporto ao centro da capital.

Em vários locais de Jacarta são visíveis cartazes gigantes com retratos desenhados à mão de Xanana Gusmão, de sua mulher e do casal presidencial indonésio.

Depois da cerimónia de boas-vindas, Xanana Gusmão iniciou um encontro com Megawati Sukarnoputri e depois com o presidente do parlamento indonésio, Akbar Tanjung, que apelou ao fortalecimento dos elos com Timor-Leste, apesar de reconhecer que problemas subsistem no relacionamento bilateral.

"Acreditei no empenho de Xanana Gusmão antes de se tornar presidente e tenho confiança que esse empenho se vai manter agora depois de ser presidente", afirmou.

"Sei que há alguns problemas a resolver entre nós e estou preparado para que trabalhemos juntos para construir um relacionamento forte", sublinhou ainda Tanjung.

A visita de estado de Xanana Gusmão à Indonésia, que deveria terminar sexta-feira, foi encurtada em 24 horas depois de Jacarta ter cancelado uma deslocação a Makassar, na província de Sulawesi, onde o presidente timorense deveria intervir num seminário sobre cooperação económica e empresarial entre o seu país e as regiões orientais da Indonésia.