Maria João Pires recebe Prémio do Conselho Internacional da Música da UNESCO

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Maria João Pires é umas das artistas clássicas mais reputadas da actualidade DR

O CIM anunciou esta manhã os nomes dos laureados, distinguidos com um prémio que visa recompensar os músicos e instituições musicais cuja obra e actividade contribuíram para o enriquecimento e desenvolvimento da música, servindo a paz, a compreensão entre os povos e a cooperação internacional.

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O CIM anunciou esta manhã os nomes dos laureados, distinguidos com um prémio que visa recompensar os músicos e instituições musicais cuja obra e actividade contribuíram para o enriquecimento e desenvolvimento da música, servindo a paz, a compreensão entre os povos e a cooperação internacional.

Maria João Pires é a primeira portuguesa a receber o galardão. A pianista é tida como uma das mais famosas e dotadas intérpretes de música clássica a nível internacional. Um dos motivos que terá levado à distinção da UNESCO será a fundação, em Portugal, de um Centro para o Estudo das Artes, por parte de Maria João Pires.

Maria João Pires nasceu em Lisboa, a 23 de Julho de 1944. Começou muito cedo a tocar piano, entre os três e os quatro anos de idade. A primeira vez que o mundo ouviu falar da pianista portuguesa foi em 1970, quando Maria João Pires recebeu o primeiro prémio na Beethoven Internacional Competition, realizada em Bruxelas, que assinalava o bicentenário do nascimento do compositor.

Na lista de prémios recebidos pela intérprete portuguesa destacam-se o Grande Prémio do Disco da Academia Francesa e do Grande Prémio Charles Cross.

Esta mãe de quatro filhos fundou recentemente em Portugal o seu centro de estudo cultural, localizado na antiga propriedade de Belgais, perto da fronteira com Espanha, 250 quilómetros a norte de Lisboa, onde investiu mais de um ano. A artista ficou fora do circuito dos concertos e de gravações para realizar esta ambição.

O primeiro CD a vir a público após este hiato é "Moonlight", uma série de interpretações de Beethoven, do qual se destaca a sonata que dá nome ao álbum.

O Centro de Músicas Tradicionais do Sultanato de Omã, também premiado, foi fundado em 1984 pelo sultão, que encarregou o centro de recolher, preservar e difundir todo o tipo de documentação relativa ao património musical do sultanato.

O prémio data de 1975 e é atribuído pelo CIM, um organismo consultivo não governamental em matérias musiciais. Os laureados receberão o prémio a 9 de Novembro, numa cerimónia que decorrerá em Aix-la-Chapelle, na Alemanha.

No ano passado, o prémio do CIM foi atribuído ao violinista letão Gidon Kremer e à cantora Oumou Sangaré, do Mali.