Conferência do G8 será última esperança para salvar Cimeira da Terra
"Só no final da conferência do G8 saberemos se será impossível ter um acordo [em Joanesburgo]", disse Mousel.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"Só no final da conferência do G8 saberemos se será impossível ter um acordo [em Joanesburgo]", disse Mousel.
Depois do fracasso da conferência ministerial preparatória em Bali, Indonésia, no início do mês, os responsáveis lembram que a cimeira de Joanesburgo não será fácil.
A Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, organizada dez anos depois da Cimeira da Terra, no Brasil, "não é uma segunda cimeira do Rio. É, sim, um momento para analisar as consequências da não concretização do Rio", acrescentou o responsável.
A declaração final "não existe", mesmo em estado de projecto, lembrou Mousel e o segundo documento da cimeira, o programa de acção, apenas foi adoptado em 70 por cento. Este deverá conciliar a Agenda 21, documento com 2500 recomendações adoptadas no Rio, com o crescimento económico.
Para os países ricos, trata-se de adoptar novos modos de produção e de consumo, dado que os actuais destroem os recursos naturais e ameaçam a sobrevivência da Humanidade. Para os países pobres, trata-se de concretizar a sua separação dos países do Norte.