Seguradoras «bateram» no fundo

Em 2001 o sector registou menos-valias de 170 milhões de euros, valor que será repercutido nas contas dos próximos três anos. A produção seguradora total acumulada entre Janeiro e Maio de 2002 ultrapassou 3057 milhões de euros.

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Em 2001 o sector registou menos-valias de 170 milhões de euros, valor que será repercutido nas contas dos próximos três anos. A produção seguradora total acumulada entre Janeiro e Maio de 2002 ultrapassou 3057 milhões de euros.

"O sector não vida deve crescer este ano de forma fraca e moderada, tendência que dependerá da evolução do ramo automóvel, que nos primeiros cinco meses cresceu 8,5 por cento", disse António Reis, no final de um encontro ontem realizado para divulgar a evolução da actividade seguradora entre Janeiro e Maio. Por sua vez, o ramo vida deve "regressar aos crescimentos de há dois anos", "ligeiramente acima da inflação". No período em análise, a produção vida total cresceu 35 por cento, valor que reflecte a entrada "em força" no mercado segurador do grupo espanhol Santander-Totta, situação que tenderá a estabilizar.

"Nesta fase de indefinição e de deterioração do mercado de capitais, as empresas devem repensar as suas estratégias regendo-se por critérios mais técnicos, nomeadamente ao nível da definição de preços", isto para não "acabar com as seguradoras", disse António Reis. E acrescentou que, "pela primeira vez, em 2001 o saldo entre mais-valias e menos-valias foi negativo". Apesar de ter registado, no último ano, uma menos-valia de 170 milhões de euros, o sector apresentou um resultado líquido de 55 milhões de euros, pois "beneficiou de regulamentação que lhe permite diferir as menos-valias potenciais não compensadas pelo fundo para dotações futuras ou pela reserva de reavaliação regulamentar". O activo líquido do sector segurador nacional ascendeu, no último exercício, a 29.000 milhões de euros, ou seja mais 7,5 por cento que em 2000.