O jogo perdeu a graça
O jogo perdeu a graça. David Fincher, que sempre trouxe a lógica do jogo para dentro dos seus filmes, tratando-a como uma componente orgânica, não parece conseguir aqui mais do que um esqueleto. O mais imprevisível é mesmo o facto de não haver "twist" final, que se tornou marca nos seus filmes, porque tudo o resto assenta numa banalidade algo incredível (como os astutos assaltantes dizerem "como é que não nos lembrámos disto?", depois de Jodie Foster destruir as câmaras de vigilância), assente na inversão de forças. Era preferível que essa inversão revelasse de uma maior ambiguidade em relação à personagem de Foster (mas não, ela é a heroína do princípio ao fim), tornando mais central aquilo que apenas é latente: a relação com o ex-marido e a sua reacção quando aquele é "castigado".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O jogo perdeu a graça. David Fincher, que sempre trouxe a lógica do jogo para dentro dos seus filmes, tratando-a como uma componente orgânica, não parece conseguir aqui mais do que um esqueleto. O mais imprevisível é mesmo o facto de não haver "twist" final, que se tornou marca nos seus filmes, porque tudo o resto assenta numa banalidade algo incredível (como os astutos assaltantes dizerem "como é que não nos lembrámos disto?", depois de Jodie Foster destruir as câmaras de vigilância), assente na inversão de forças. Era preferível que essa inversão revelasse de uma maior ambiguidade em relação à personagem de Foster (mas não, ela é a heroína do princípio ao fim), tornando mais central aquilo que apenas é latente: a relação com o ex-marido e a sua reacção quando aquele é "castigado".