Longe vão os tempos...
Longe vão os tempos em que Téchiné estava em estado de graça, mesmo quando se estampava rotundamente, como quando ambicionou retratar o mundo da irmãs Brontë. Longe estamos do rigor exemplar de "Barocco/Escândalo de Primeira Página", a reformular géneros. Longe está o risco de "Não Dou Beijos" ou mesmo a perfeição bem comportada de "Juncos Silvestres". E, no entanto, "Longe" tem a fragilidade comovente de um objecto desamparado, à procura não se sabe de que resgate, de que regresso. Reconhecemos os temas, os lugares ou os actores, mas não a segurança do cineasta de "O Lugar do Crime". De qualquer modo, mesmo os restos ainda chegam para sustentar o nosso olhar.
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Longe vão os tempos em que Téchiné estava em estado de graça, mesmo quando se estampava rotundamente, como quando ambicionou retratar o mundo da irmãs Brontë. Longe estamos do rigor exemplar de "Barocco/Escândalo de Primeira Página", a reformular géneros. Longe está o risco de "Não Dou Beijos" ou mesmo a perfeição bem comportada de "Juncos Silvestres". E, no entanto, "Longe" tem a fragilidade comovente de um objecto desamparado, à procura não se sabe de que resgate, de que regresso. Reconhecemos os temas, os lugares ou os actores, mas não a segurança do cineasta de "O Lugar do Crime". De qualquer modo, mesmo os restos ainda chegam para sustentar o nosso olhar.