Folclore involuntário
O homem que chora é Johnny Depp: porque está prestes a separar-se da amada ou porque não percebe o que está a fazer neste "Europudding" de Sally Potter? Já se sabia do gosto da realizadora britânica pelo exotismo graças ao anterior "A Lição de Tango" (1997), mas aqui ele assume resultados francamente desastrosos, de um folclore involuntário: é a história edificante de uma pobre menina russa que é educada num país estranho (Inglaterra), antes de seguir para Paris, e, finalmente, para a promissora América, onde virá a reencontrar o pai, anos depois, entretanto tornado um dos homens-fortes de Hollywood... Para ajudar ao ridículo, há ciganos, ópera "kitsch", a ocupação alemã de Paris na II Guerra Mundial, um naufrágio e os actores a fazerem caricaturas grosseiras. "É uma história de sobrevivência", diz Sally Potter. Sobretudo, a do espectador, até ao último minuto do filme.
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O homem que chora é Johnny Depp: porque está prestes a separar-se da amada ou porque não percebe o que está a fazer neste "Europudding" de Sally Potter? Já se sabia do gosto da realizadora britânica pelo exotismo graças ao anterior "A Lição de Tango" (1997), mas aqui ele assume resultados francamente desastrosos, de um folclore involuntário: é a história edificante de uma pobre menina russa que é educada num país estranho (Inglaterra), antes de seguir para Paris, e, finalmente, para a promissora América, onde virá a reencontrar o pai, anos depois, entretanto tornado um dos homens-fortes de Hollywood... Para ajudar ao ridículo, há ciganos, ópera "kitsch", a ocupação alemã de Paris na II Guerra Mundial, um naufrágio e os actores a fazerem caricaturas grosseiras. "É uma história de sobrevivência", diz Sally Potter. Sobretudo, a do espectador, até ao último minuto do filme.