António Damásio diz que animais também têm consciência
Existe "uma grande probabilidade de que a consciência seja um fenómeno que se tenha desenvolvido noutras espécies animais para além da humana ao longo dos tempos", disse o neurologista português, radicado há vários anos nos Estados Unidos, durante uma conferência promovida pela Porto 2001, informa a Lusa.António Damásio referia-se ao que designou como "consciência nuclear", uma etapa evolutiva que se terá desenvolvido a partir de mecanismos neurológicos de nível inferior, como a regulação básica da vida, as emoções e os sentimentos.
O mesmo não acontece com o que chama de "consciência alargada", uma vez que implica "uma grande panorâmica em termos de tempo e de conteúdos. Inclui o passado pessoal, o futuro antecipado e a linguagem, assim como uma forte participação do eu autobiográfico", sublinhou.
Isso, de algum modo, é que diferencia os humanos dos animais, não propriamente as emoções, que podem ser partilhados por espécies tão simples como as moscas ou uma espécie de caracol.
"Esses animais têm claramente mecanismos desenvolvidos de emoções, mas muito arrumados dentro de um quadro eficaz de funcionamento que os faz despoletar automaticamente, sem consciência", frisou.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Existe "uma grande probabilidade de que a consciência seja um fenómeno que se tenha desenvolvido noutras espécies animais para além da humana ao longo dos tempos", disse o neurologista português, radicado há vários anos nos Estados Unidos, durante uma conferência promovida pela Porto 2001, informa a Lusa.António Damásio referia-se ao que designou como "consciência nuclear", uma etapa evolutiva que se terá desenvolvido a partir de mecanismos neurológicos de nível inferior, como a regulação básica da vida, as emoções e os sentimentos.
O mesmo não acontece com o que chama de "consciência alargada", uma vez que implica "uma grande panorâmica em termos de tempo e de conteúdos. Inclui o passado pessoal, o futuro antecipado e a linguagem, assim como uma forte participação do eu autobiográfico", sublinhou.
Isso, de algum modo, é que diferencia os humanos dos animais, não propriamente as emoções, que podem ser partilhados por espécies tão simples como as moscas ou uma espécie de caracol.
"Esses animais têm claramente mecanismos desenvolvidos de emoções, mas muito arrumados dentro de um quadro eficaz de funcionamento que os faz despoletar automaticamente, sem consciência", frisou.