Homenagem fúnebre a Philippe Léotard reúne cerca de 400 pessoas no Père-Lachaise
Na cerimónia esteve presente o irmão de Philippe, François Léotard, que foi ministro da Defesa - o actor divertia-se a nomear-se, durante este período, ministro da "défonce" (pedrada) - e é actualmente enviado da União Europeia para a Macedónia.A ministra da Cultura, Catherine Tasca, os realizadores Yves Boisset, Patrice Chéreau e Claude Lelouch e os actores Michel Piccoli, Bernard Fresson e Nathalie Baye (companheira de Léotard durante dez anos) vieram também dizer o último adeus àquele que gostava de ser considerado o "poeta da decadência".
Leótard conta com mais de 70 filmes no currículo, tendo sido dirigido por realizadores como François Truffaut, Agnès Varda, Claude Lelouch e Claude Sautet e contracenado com Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Catherine Deneuve e mesmo a cantora cabo-verdiana Cesária Évora, no filme "Black Dju", de Pol Cruchten, em 1996. Em 1983, ganhou o César para Melhor Actor pelo desempenho em "La Balance", de Bob Swain.
Como cantor, deu a sua voz rouca a "À l'amour comme à la guerre", "Léotard chante Léo Ferré", "Je rêve que je dors" e "Demi-mots amers".
Nas letras - antes de actor e cantor Léotard foi professor de Letras e Filosofia -, publicou várias recolhas de poemas e o livro autobiográfico "Clinique de la Raison Close".
A família escolheu para a cerimónia fúnebre uma frase do escritor francês Georges Bernanos - "Sejam fiéis aos poetas, permaneçam fiéis à infância, nunca se transformem num adulto" - para ilustrar a vida de Philippe Léotard, que viveu largos anos no fio da navalha, alternando sucessos com a sua dependência do álcool e da cocaína.
Leótard dizia recentemente que estes excessos faziam parte do passado e que se sentia completamente transformado desde que encontrara Clara, a sua última companheira. "Hoje, os 22 anos de Clara são a minha única droga". Conta-se também que costumava dizer "O meu único desejo é que um dia uma mulher escreva como meu epitáfio: Ele amou".
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Na cerimónia esteve presente o irmão de Philippe, François Léotard, que foi ministro da Defesa - o actor divertia-se a nomear-se, durante este período, ministro da "défonce" (pedrada) - e é actualmente enviado da União Europeia para a Macedónia.A ministra da Cultura, Catherine Tasca, os realizadores Yves Boisset, Patrice Chéreau e Claude Lelouch e os actores Michel Piccoli, Bernard Fresson e Nathalie Baye (companheira de Léotard durante dez anos) vieram também dizer o último adeus àquele que gostava de ser considerado o "poeta da decadência".
Leótard conta com mais de 70 filmes no currículo, tendo sido dirigido por realizadores como François Truffaut, Agnès Varda, Claude Lelouch e Claude Sautet e contracenado com Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Catherine Deneuve e mesmo a cantora cabo-verdiana Cesária Évora, no filme "Black Dju", de Pol Cruchten, em 1996. Em 1983, ganhou o César para Melhor Actor pelo desempenho em "La Balance", de Bob Swain.
Como cantor, deu a sua voz rouca a "À l'amour comme à la guerre", "Léotard chante Léo Ferré", "Je rêve que je dors" e "Demi-mots amers".
Nas letras - antes de actor e cantor Léotard foi professor de Letras e Filosofia -, publicou várias recolhas de poemas e o livro autobiográfico "Clinique de la Raison Close".
A família escolheu para a cerimónia fúnebre uma frase do escritor francês Georges Bernanos - "Sejam fiéis aos poetas, permaneçam fiéis à infância, nunca se transformem num adulto" - para ilustrar a vida de Philippe Léotard, que viveu largos anos no fio da navalha, alternando sucessos com a sua dependência do álcool e da cocaína.
Leótard dizia recentemente que estes excessos faziam parte do passado e que se sentia completamente transformado desde que encontrara Clara, a sua última companheira. "Hoje, os 22 anos de Clara são a minha única droga". Conta-se também que costumava dizer "O meu único desejo é que um dia uma mulher escreva como meu epitáfio: Ele amou".