George W. Bush e Vladimir Putin encontram-se hoje pela primeira vez

Foto
Bush tratará hoje de persuadir Putin vendendo-lhe um pacote de propostas a troco da aceitação do MD Janek Skarzynsk/EPA

O ex-governador do Texas deixou hoje a capital da Polónia, Varsóvia, em direcção à capital eslovena, Ljubljana, a fim de se reunir durante cerca de duas horas com o ex-espião do KGB. O armamento, o alargamento da NATO e as zonas de conflitos difíceis, como o Médio Oriente e os Balcãs, estão na agenda dos dois Presidentes.Se no dia 2 de Dezembro de 1989, o então Presidente norte-americano, George Bush, pai do actual chefe de Estado, olhou pela primeira vez nos olhos de Mikail Gorbachev, hoje, onze anos depois, o Bush júnior encontra-se com o líder da nova Rússia para evitarem a proliferação nuclear e já não para firmarem os primeiros acordos de redução das armas estratégicas, como há aconteceu há mais de uma década.
Moscovo deverá tentar convencer Bush a renunciar ao seu sistema de defesa antimísseis, com o qual pretende impermeabilizar o seu território aos ataques balísticos de países como o Irão ou a Coreia do Norte. O Kremlin opõe-se a este plano de George Bush - que considera tratar-se de um capricho do Presidente norte-americano - argumentando que ele destrói o tratado ABM (assinado em 1972 entre os EUA e a Rússia), através do qual ambos os países se comprometeram a não se dotarem de escudos antí-míssil para converterem a vulnerabilidade em método de dissuasão. Bush já declarou, porém, que considera o ABM uma "relíquia do passado", falando no perigo de ameaças concretas no tempo presente. Por seu lado, Moscovo crê que estas são meramente hipotéticas e este desacordo poderá gerar um impasse no encontro de hoje.
E por isso que a Administração Bush tratará hoje de persuadir Moscovo vendendo-lhe um pacote de propostas (compra de baterias anti-aéreas russas S-300, realização de manobras conjuntas e ajuda na modernização de radares) a troco da aceitação do sistema de defesa antimísseis.
À parte, porém, do MD, Bush deixou ontem claro, na Polónia, que os Estados Unidos não são inimigos da Rússia, mostrando, claramente, uma atitude reconciliadora. "Os Estados Unidos estão preparados para tomarem decisões concretas e históricas, junto com os seus aliados, para avançarem com o alargamento da NATO", afirmou Bush, fazendo acreditar na integração atlântica de repúblicas ex-soviéticas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ex-governador do Texas deixou hoje a capital da Polónia, Varsóvia, em direcção à capital eslovena, Ljubljana, a fim de se reunir durante cerca de duas horas com o ex-espião do KGB. O armamento, o alargamento da NATO e as zonas de conflitos difíceis, como o Médio Oriente e os Balcãs, estão na agenda dos dois Presidentes.Se no dia 2 de Dezembro de 1989, o então Presidente norte-americano, George Bush, pai do actual chefe de Estado, olhou pela primeira vez nos olhos de Mikail Gorbachev, hoje, onze anos depois, o Bush júnior encontra-se com o líder da nova Rússia para evitarem a proliferação nuclear e já não para firmarem os primeiros acordos de redução das armas estratégicas, como há aconteceu há mais de uma década.
Moscovo deverá tentar convencer Bush a renunciar ao seu sistema de defesa antimísseis, com o qual pretende impermeabilizar o seu território aos ataques balísticos de países como o Irão ou a Coreia do Norte. O Kremlin opõe-se a este plano de George Bush - que considera tratar-se de um capricho do Presidente norte-americano - argumentando que ele destrói o tratado ABM (assinado em 1972 entre os EUA e a Rússia), através do qual ambos os países se comprometeram a não se dotarem de escudos antí-míssil para converterem a vulnerabilidade em método de dissuasão. Bush já declarou, porém, que considera o ABM uma "relíquia do passado", falando no perigo de ameaças concretas no tempo presente. Por seu lado, Moscovo crê que estas são meramente hipotéticas e este desacordo poderá gerar um impasse no encontro de hoje.
E por isso que a Administração Bush tratará hoje de persuadir Moscovo vendendo-lhe um pacote de propostas (compra de baterias anti-aéreas russas S-300, realização de manobras conjuntas e ajuda na modernização de radares) a troco da aceitação do sistema de defesa antimísseis.
À parte, porém, do MD, Bush deixou ontem claro, na Polónia, que os Estados Unidos não são inimigos da Rússia, mostrando, claramente, uma atitude reconciliadora. "Os Estados Unidos estão preparados para tomarem decisões concretas e históricas, junto com os seus aliados, para avançarem com o alargamento da NATO", afirmou Bush, fazendo acreditar na integração atlântica de repúblicas ex-soviéticas.