Turquia aprova legislação sobre liberalização da Turk Telekom

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A Turquia aprovou um plano para liberalizar alguns sectores da economia e vai receber um empréstimo de 2,2 mil milhões de contos do FMI Gabriel Bouys/AFP

A aprovação de uma lei permitindo a privatização da Turk Telekom constituía, segundo o "Financial Times", uma das pré-condições para que a Turquia recebesse um pacote de ajudas no valor de dez mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de contos e 11,4 mil milhões de euros) do FMI e do Banco Mundial.Para levar a cabo a privatização, o primeiro-ministro anunciou que vai substituir os actuais administradores nomeados politicamente por uma equipa de gestão. O ministro das comunicações, Enis Oksuz, considera, no entanto, que a privatização poderá resultar no despedimento de metade dos 73 mil empregados da companhia telefónica estatal e acusa o primeiro-ministro de estar a ceder ao interesse estrangeiro. Apesar das reservas de Oksuz, a nova legislação impede empresas estrangeiras de deter mais de 45 por cento do capital da Turk Telekom e reserva uma "golden share" concedendo direitos especiais ao Estado.
Com o aumento da divída externa, a situação económica da Turquia tem-se degradado, criando um cenário que os sismos ocorridos este ano e no ano passado só vieram agravar.
A Turquia já foi admitida como candidata à União Europeia, mas as negociações ainda se encontram num estado muito incipiente. Embora tenham dado um primeiro passo de aproximação à Europa, os turcos não cumprem os critérios de entrada estabelecidos pela União Europeia. Largos sectores da economia estão nas mãos do Estado e as organizações internacionais acusam o país de não respeitar os direitos humanos. A questão da ilha de Chipre continua igualmente a ensombrar a imagem turca junto da União Europeia.

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A aprovação de uma lei permitindo a privatização da Turk Telekom constituía, segundo o "Financial Times", uma das pré-condições para que a Turquia recebesse um pacote de ajudas no valor de dez mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de contos e 11,4 mil milhões de euros) do FMI e do Banco Mundial.Para levar a cabo a privatização, o primeiro-ministro anunciou que vai substituir os actuais administradores nomeados politicamente por uma equipa de gestão. O ministro das comunicações, Enis Oksuz, considera, no entanto, que a privatização poderá resultar no despedimento de metade dos 73 mil empregados da companhia telefónica estatal e acusa o primeiro-ministro de estar a ceder ao interesse estrangeiro. Apesar das reservas de Oksuz, a nova legislação impede empresas estrangeiras de deter mais de 45 por cento do capital da Turk Telekom e reserva uma "golden share" concedendo direitos especiais ao Estado.
Com o aumento da divída externa, a situação económica da Turquia tem-se degradado, criando um cenário que os sismos ocorridos este ano e no ano passado só vieram agravar.
A Turquia já foi admitida como candidata à União Europeia, mas as negociações ainda se encontram num estado muito incipiente. Embora tenham dado um primeiro passo de aproximação à Europa, os turcos não cumprem os critérios de entrada estabelecidos pela União Europeia. Largos sectores da economia estão nas mãos do Estado e as organizações internacionais acusam o país de não respeitar os direitos humanos. A questão da ilha de Chipre continua igualmente a ensombrar a imagem turca junto da União Europeia.