Morreu o actor Paulo Claro

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A morte colheu-o quando regressava da representação de "Desencostar" DR

Era um dos actores mais conhecidos dos Artistas Unidos, tendo participado em mais de uma dezena de peças. Ensaiava, neste momento, um dos principais papéis na peça "Na Estrada" de Tchekov, com o encenador Jorge Silva Melo, espectáculo com estreia marcada para o próximo dia 17. A morte levou-o na madrugada de ontem (3h30), na estrada nacional 118, junto ao cruzamento para Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, atropelado por uma viatura ligeira. Paulo Claro, nascido na Glória do Ribatejo, havia recentemente encenado, na sua terra natal, o espectáculo "Desencostar" com o grupo amador Os Rapazes da Aldeia. Naquela madrugada, o actor regressava de uma dessas representações em Muge. Paulo Claro foi um dos protagonistas de "António, um Rapaz de Lisboa", "O Fim ou Tende Misericórdia de Nós", "Prometeu" e interpretou o solo "Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver" de Jorge Silva Melo (a partir de Kleist), com quem participou ainda em "A Tragédia de Coriolano" de William Shakespeare, "A Queda do Egoísta Johann Fatzer", "Na Selva das Cidades" de Brecht e "Torquato Tasso" de Goethe. Integrou também o elenco da leitura encenada de "A Decisão" de Brecht.
Recentemente, participou em "Vai Vir Alguém" de Jon Fosse, "Não Sei" de Miguel Borges e fez parte do elenco de "O Navio dos Negros" de Jorge Silva Melo, "Facas nas Galinhas" de David Harrower e "Longe" de Rui Guilherme Lopes.
Paulo Claro terminou em 1993 a Escola do Centro Cultural de Évora, tendo-se estreado na peça "Da Manhã à Meia Noite" de Georg Kaiser. Ainda no CENDREV, interpretou o "Auto da Lusitânia" de Gil Vicente. Seguiram-se "Seis Rapazes, Três Raparigas" de Jorge Silva Melo, "Cornos de D. Friolera" de Valle-Inclán e "O Barbeiro de Sevilha" de Beaumarchais . Fez no TEP- Teatro Experimental do Porto, "A Paizão do Jardineiro" de J-P Sarrazac.
No Teatro da Malaposta integrou o elenco de "Traduções" de Brian Friel. Trabalhou ainda com Jean Jourdheuil em "Germania 3", de Heiner Müller e com Rosa Coutinho Cabral em "O Príncipezinho" de Saint-Exupéry. Na sua curta, mas produtiva carreira, o actor trabalhou, além de Jorge Silva Melo, com encenadores como Mário Barradas, Valentim Lemos, Luís Varela, Fernando Mora Ramos, Alvarez Osorio e Antonino Solmer.
Paulo Claro estreou-se no cinema na curta metragem "Unexpected", de Vítor Moreira e entrou em "António um Rapaz de Lisboa" de Jorge Silva Melo. Na televisão participou em "Camilo e Filho" e em "O Diário de Maria".
O funeral do actor realiza-se amanhã, em Glória do Ribatejo, em hora a anunciar.

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Era um dos actores mais conhecidos dos Artistas Unidos, tendo participado em mais de uma dezena de peças. Ensaiava, neste momento, um dos principais papéis na peça "Na Estrada" de Tchekov, com o encenador Jorge Silva Melo, espectáculo com estreia marcada para o próximo dia 17. A morte levou-o na madrugada de ontem (3h30), na estrada nacional 118, junto ao cruzamento para Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, atropelado por uma viatura ligeira. Paulo Claro, nascido na Glória do Ribatejo, havia recentemente encenado, na sua terra natal, o espectáculo "Desencostar" com o grupo amador Os Rapazes da Aldeia. Naquela madrugada, o actor regressava de uma dessas representações em Muge. Paulo Claro foi um dos protagonistas de "António, um Rapaz de Lisboa", "O Fim ou Tende Misericórdia de Nós", "Prometeu" e interpretou o solo "Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver" de Jorge Silva Melo (a partir de Kleist), com quem participou ainda em "A Tragédia de Coriolano" de William Shakespeare, "A Queda do Egoísta Johann Fatzer", "Na Selva das Cidades" de Brecht e "Torquato Tasso" de Goethe. Integrou também o elenco da leitura encenada de "A Decisão" de Brecht.
Recentemente, participou em "Vai Vir Alguém" de Jon Fosse, "Não Sei" de Miguel Borges e fez parte do elenco de "O Navio dos Negros" de Jorge Silva Melo, "Facas nas Galinhas" de David Harrower e "Longe" de Rui Guilherme Lopes.
Paulo Claro terminou em 1993 a Escola do Centro Cultural de Évora, tendo-se estreado na peça "Da Manhã à Meia Noite" de Georg Kaiser. Ainda no CENDREV, interpretou o "Auto da Lusitânia" de Gil Vicente. Seguiram-se "Seis Rapazes, Três Raparigas" de Jorge Silva Melo, "Cornos de D. Friolera" de Valle-Inclán e "O Barbeiro de Sevilha" de Beaumarchais . Fez no TEP- Teatro Experimental do Porto, "A Paizão do Jardineiro" de J-P Sarrazac.
No Teatro da Malaposta integrou o elenco de "Traduções" de Brian Friel. Trabalhou ainda com Jean Jourdheuil em "Germania 3", de Heiner Müller e com Rosa Coutinho Cabral em "O Príncipezinho" de Saint-Exupéry. Na sua curta, mas produtiva carreira, o actor trabalhou, além de Jorge Silva Melo, com encenadores como Mário Barradas, Valentim Lemos, Luís Varela, Fernando Mora Ramos, Alvarez Osorio e Antonino Solmer.
Paulo Claro estreou-se no cinema na curta metragem "Unexpected", de Vítor Moreira e entrou em "António um Rapaz de Lisboa" de Jorge Silva Melo. Na televisão participou em "Camilo e Filho" e em "O Diário de Maria".
O funeral do actor realiza-se amanhã, em Glória do Ribatejo, em hora a anunciar.