Ex-inimigos de armas Xanana e Subianto encontram-se em Jacarta

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Os dois inimigos, que já não se encontravam há vários anos, acabaram o cumprimento com um caloroso abraço AdekBerry/EPA

O encontro ocorreu numa conferência sobre o futuro da Indonésia, onde os antigos inimigos se sentaram num dos debates mais esperados, dedicado a movimentos separatistas.À chegada à conferência, depois de sorrirem um para o outro, Prabowo Subianto aproximou-se de Xanana Gusmão, saudando-o com uma continência militar a que o dirigente timorense respondeu antes de lhe estender a mão.
Os dois inimigos, que já não se encontravam há vários anos, acabaram o cumprimento com um caloroso abraço, perante grande aplauso dos delegados e congressistas presentes, relata a Lusa.
Prabowo foi uma das figuras mais poderosas dentro da complexa dinâmica das forcas armadas indonésias, depois de três comissões em Timor-Leste.
Prabowo Subianto - que abandonou o exército depois de 28 anos de carreira, sendo actualmente um poderoso e rico empresário - realçou a singularidade do momento logo no início do encontro, garantindo que foi o seu antigo inimigo, Xanana Gusmão, que acabou por levá-lo a aceitar participar na conferência, a decorrer na capital indonésia, Jacarta.
Conforme salientou Subianto, esta é a primeira vez que se encontram desde que visitou Xanana Gusmão na cadeia de Cipinang, nos arredores de Jacarta, onde o dirigente timorense estava detido.
"Naquela altura, na prisão em Cipinang, eu ainda estava no activo. Agora o mundo deu uma volta e eu agora tenho que o tratar por excelência", disse.
"C'est la vie", comentou o antigo militar indonésio, citado pela Lusa.

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O encontro ocorreu numa conferência sobre o futuro da Indonésia, onde os antigos inimigos se sentaram num dos debates mais esperados, dedicado a movimentos separatistas.À chegada à conferência, depois de sorrirem um para o outro, Prabowo Subianto aproximou-se de Xanana Gusmão, saudando-o com uma continência militar a que o dirigente timorense respondeu antes de lhe estender a mão.
Os dois inimigos, que já não se encontravam há vários anos, acabaram o cumprimento com um caloroso abraço, perante grande aplauso dos delegados e congressistas presentes, relata a Lusa.
Prabowo foi uma das figuras mais poderosas dentro da complexa dinâmica das forcas armadas indonésias, depois de três comissões em Timor-Leste.
Prabowo Subianto - que abandonou o exército depois de 28 anos de carreira, sendo actualmente um poderoso e rico empresário - realçou a singularidade do momento logo no início do encontro, garantindo que foi o seu antigo inimigo, Xanana Gusmão, que acabou por levá-lo a aceitar participar na conferência, a decorrer na capital indonésia, Jacarta.
Conforme salientou Subianto, esta é a primeira vez que se encontram desde que visitou Xanana Gusmão na cadeia de Cipinang, nos arredores de Jacarta, onde o dirigente timorense estava detido.
"Naquela altura, na prisão em Cipinang, eu ainda estava no activo. Agora o mundo deu uma volta e eu agora tenho que o tratar por excelência", disse.
"C'est la vie", comentou o antigo militar indonésio, citado pela Lusa.

Bem-vindo senhor Prabowo"

Xanana disse que acredita "que a guerra cria vencedores e vencidos. Nós fomos colocámos nesta guerra e temos que reconhecer os resultados da guerra. Agora, temos que apontar as nossas mentes para o futuro". "Bem-vindo senhor Prabowo", acrescentou.Prabowo Subianto concordou com Xanana e realçou que a responsabilidade é dos políticos, os detentores do poder. "Fomos colocados nesta posição, o que normalmente acontece a soldados. São os políticos que mandam. E os verdadeiros soldados, que lutaram, não gostam da guerra porque vemos os resultados", considerou.
"Espero que Timor tenha um bom futuro, espero o melhor para o meu valoroso adversário. Será um bom líder para Timor. Boa sorte e bom futuro para Xanana e para os timorenses", concluiu Subianto.