Trabalhadores de salas de cinema em greve (actualização)

Vitorino Machado, do Sinttav, explicou à TSF que os salários actuais dos trabalhadores variam entre os 75.100 escudos e os 99.900 escudos. "Há trabalhadores há 30 anos que não levam para casa cem contos. Isto é uma coisa impressionante. Um sector que saca milhões de contos ao fim do ano", afirmou o responsável.O mesmo responsável já tinha salientado ao PUBLICO.PT que a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC) encerrou unilateralmente as negociações depois de ter chegado a acordo quanto ao aumento da tabela salarial (quatro por cento), mas deixando por resolver as restantes matérias pecuniárias, "algo que em 26 anos de negociação nunca tinha acontecido".
Por seu lado, Lima de Carvalho, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, afirmou aos microfones da Rádio Renascença que "houve propostas e contra-propostas de parte a parte - APEC e Sinttav -, sem que, no entanto, tivesse havido acordo quanto ao referencial mínimo de aumento por trabalhador quanto às diuturnidades e quanto ao subsídio de refeição".
As posições divergem quanto ao referencial mínimo - que prevê que nenhum trabalhador tenha um aumento salarial inferior a este valor -, subsídio de refeição e diuturnidades. O sindicato quer um aumento mínimo de 4800 escudos (24 euros), mas o patronato só dá três mil escudos (15 euros). Para o subsídio de refeição é pedido o valor de 850 escudos (4,23 euros) mas a APEC não vai além dos 650 escudos (3,24 euros). Quanto ao valor das diuturnidades - aumento de vencimento resultante do facto de um funcionário ter completado certo número de anos de serviço - o sindicato pede dois mil escudos (dez euros), mas a APEC só oferece 1800 escudos (nove euros).
O dirigente do Sinttav alertou ainda para o facto de haver uma "repressão terrível" sobre os trabalhadores "para não aderirem à luta". "É um terror. Eles têm medo de falar connosco. Só falam às escondidas", disse Vitorino Machado, acrescentado que vai denunciar a situação ao Ministério do Trabalho.

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Vitorino Machado, do Sinttav, explicou à TSF que os salários actuais dos trabalhadores variam entre os 75.100 escudos e os 99.900 escudos. "Há trabalhadores há 30 anos que não levam para casa cem contos. Isto é uma coisa impressionante. Um sector que saca milhões de contos ao fim do ano", afirmou o responsável.O mesmo responsável já tinha salientado ao PUBLICO.PT que a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC) encerrou unilateralmente as negociações depois de ter chegado a acordo quanto ao aumento da tabela salarial (quatro por cento), mas deixando por resolver as restantes matérias pecuniárias, "algo que em 26 anos de negociação nunca tinha acontecido".
Por seu lado, Lima de Carvalho, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, afirmou aos microfones da Rádio Renascença que "houve propostas e contra-propostas de parte a parte - APEC e Sinttav -, sem que, no entanto, tivesse havido acordo quanto ao referencial mínimo de aumento por trabalhador quanto às diuturnidades e quanto ao subsídio de refeição".
As posições divergem quanto ao referencial mínimo - que prevê que nenhum trabalhador tenha um aumento salarial inferior a este valor -, subsídio de refeição e diuturnidades. O sindicato quer um aumento mínimo de 4800 escudos (24 euros), mas o patronato só dá três mil escudos (15 euros). Para o subsídio de refeição é pedido o valor de 850 escudos (4,23 euros) mas a APEC não vai além dos 650 escudos (3,24 euros). Quanto ao valor das diuturnidades - aumento de vencimento resultante do facto de um funcionário ter completado certo número de anos de serviço - o sindicato pede dois mil escudos (dez euros), mas a APEC só oferece 1800 escudos (nove euros).
O dirigente do Sinttav alertou ainda para o facto de haver uma "repressão terrível" sobre os trabalhadores "para não aderirem à luta". "É um terror. Eles têm medo de falar connosco. Só falam às escondidas", disse Vitorino Machado, acrescentado que vai denunciar a situação ao Ministério do Trabalho.