Prejuízos de 110 milhões marcam primeiro trimestre da Ericsson

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O mercado de telemóveis mundial sofre de excesso de oferta que a Ericsson estima em 20 milhões de unidades DR

Se há um mês atrás a marca sueca esperava um aumento das receitas de 15 por cento no primeiro trimestre do ano, na semana passada o discurso da empresa alterou-se no sentido de um crescimento nulo. Hoje, a Ericsson acabou por confirmar a inversão completa das previsões iniciais, situação que o fabricante atribui ao abrandamento da economia norte-americana.Particularmente atingida pela retracção do consumo ficou a unidade de telefones móveis, que no último trimestre de 2000 registou prejuízos de mil milhões de dólares (215 milhões de contos). Os maus resultados levaram a Ericsson a empreender uma reestruturação estratégica, que passa por transferir a produção de terminais para fabricantes de baixo custo.
O rombo nas contas da Ericsson colocou as praças financeiras em estado de choque com os papéis da empresa a caírem mais de 14 por cento na bolsa de Estocolmo e as autoridades reguladoras a suspenderam os títulos. O Nasdaq, índice tecnológico norte-americano também abriu a perder 2,5 por cento.
Mas a situação poderá evoluir para pior. O fabricante sueco está preocupado com as incertezas da economia mundial e com o excesso de equipamentos no mercado. Segundo os administradores da Ericsson, a oferta de telefones móveis supera a procura em 20 milhões de unidades.

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Se há um mês atrás a marca sueca esperava um aumento das receitas de 15 por cento no primeiro trimestre do ano, na semana passada o discurso da empresa alterou-se no sentido de um crescimento nulo. Hoje, a Ericsson acabou por confirmar a inversão completa das previsões iniciais, situação que o fabricante atribui ao abrandamento da economia norte-americana.Particularmente atingida pela retracção do consumo ficou a unidade de telefones móveis, que no último trimestre de 2000 registou prejuízos de mil milhões de dólares (215 milhões de contos). Os maus resultados levaram a Ericsson a empreender uma reestruturação estratégica, que passa por transferir a produção de terminais para fabricantes de baixo custo.
O rombo nas contas da Ericsson colocou as praças financeiras em estado de choque com os papéis da empresa a caírem mais de 14 por cento na bolsa de Estocolmo e as autoridades reguladoras a suspenderam os títulos. O Nasdaq, índice tecnológico norte-americano também abriu a perder 2,5 por cento.
Mas a situação poderá evoluir para pior. O fabricante sueco está preocupado com as incertezas da economia mundial e com o excesso de equipamentos no mercado. Segundo os administradores da Ericsson, a oferta de telefones móveis supera a procura em 20 milhões de unidades.