«Taliban» usam explosivos para demolir estátuas
A informação foi confirmada por Mullah Abdul Salam Zaeef, representante dos "taliban" em Islamabad, à agência paquistanesa Afghan Islamic Press. Segundo Zaeef, 25 por cento dos Budas de Bamiyan - que têm uma altura de 53 e 36,5 metros - já foram destruídos.
"Ontem, os 'taliban' começaram a demolir as estátuas de Bamiyan e para o fazer estão a utilizar explosivos", afirmou Zaeef à agência paquistanesa, citada pela Reuters.
Os "taliban" anunciaram há uma semana que iriam destruir todas as estátuas no Afeganistão. O motivo é religioso: a lei islâmica não permite a adoração de imagens.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, já censurou o acto, uma vez que grande parte das estátuas têm mais de dois mil anos e um valor histórico inquestionável. Alguns museus espalhados pelo mundo chegaram mesmo a oferecer-se para comprar as figuras.
O Irão continua a pressionar a Organização da Conferência Islâmica - o maior órgão islâmico do mundo - para tomar medidas para impedir a destruição das estátuas.
Em Katmandu, Nepal - onde nasceu o fundador do Budismo há 2600 anos -, cerca de duas mil pessoas manifestaram-se contra a acção afegã.
Os "taliban" permanecem decididos na sua missão, apesar de pairar a ameaça de sanções a Cabul nos meios diplomáticos.
Entre as "pedras" que os "taliban" querem partir estão figuras com quase dois mil anos, do tempo em que o Afeganistão era um importante centro budista. Também em perigo estão estátuas de templos hindus na província de Bahktiar (Sul), figuras greco-budistas em argila de Jallalabad (leste) e os budas antigos de Bamiyan (centro do país, zona cuja população ainda é maioritariamente budista). Um dos principais tesouros ameaçados é a colossal estátua - 53 metros de altura - do Buda em pé esculpida num penhasco de Bamyian (a maior do mundo no seu estilo).
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A informação foi confirmada por Mullah Abdul Salam Zaeef, representante dos "taliban" em Islamabad, à agência paquistanesa Afghan Islamic Press. Segundo Zaeef, 25 por cento dos Budas de Bamiyan - que têm uma altura de 53 e 36,5 metros - já foram destruídos.
"Ontem, os 'taliban' começaram a demolir as estátuas de Bamiyan e para o fazer estão a utilizar explosivos", afirmou Zaeef à agência paquistanesa, citada pela Reuters.
Os "taliban" anunciaram há uma semana que iriam destruir todas as estátuas no Afeganistão. O motivo é religioso: a lei islâmica não permite a adoração de imagens.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, já censurou o acto, uma vez que grande parte das estátuas têm mais de dois mil anos e um valor histórico inquestionável. Alguns museus espalhados pelo mundo chegaram mesmo a oferecer-se para comprar as figuras.
O Irão continua a pressionar a Organização da Conferência Islâmica - o maior órgão islâmico do mundo - para tomar medidas para impedir a destruição das estátuas.
Em Katmandu, Nepal - onde nasceu o fundador do Budismo há 2600 anos -, cerca de duas mil pessoas manifestaram-se contra a acção afegã.
Os "taliban" permanecem decididos na sua missão, apesar de pairar a ameaça de sanções a Cabul nos meios diplomáticos.
Entre as "pedras" que os "taliban" querem partir estão figuras com quase dois mil anos, do tempo em que o Afeganistão era um importante centro budista. Também em perigo estão estátuas de templos hindus na província de Bahktiar (Sul), figuras greco-budistas em argila de Jallalabad (leste) e os budas antigos de Bamiyan (centro do país, zona cuja população ainda é maioritariamente budista). Um dos principais tesouros ameaçados é a colossal estátua - 53 metros de altura - do Buda em pé esculpida num penhasco de Bamyian (a maior do mundo no seu estilo).