Estereótipos estereotipados
Menos de dez anos depois, reencontramo-lo aparentemente reduzido a este "remake" de um clássico da "blaxploitation" dos anos 70, em versão que estereotipa estereótipos e lhes dá uma espessura muito mais politicamente correcta e muito menos engraçada. "Shaft" são as aventuras do polícia Shaft (Samuel L. Jackson a fazer de Samuel L. Jackson, o que não é nada mau) pelos bairros de minorias étnicas de Nova Iorque, à procura de uma maneira de levar a tribunal um assassino racista (Christian Bale a fazer de branco mau tão monodimensional como os pretos maus do cinema americano de há decadas).
Pelo meio ainda há Toni Collette como testemunha amedrontada e, sobretudo, Jeffrey Wright (que foi o Basquiat do filme de Julian Schnabel) como "gangster" portoriquenho, numa interpretação altamente maneirista que praticamente "rouba" todas as cenas em que entra. O resto é rotina, mais ou menos bem oleada, quase sempre desinteressante.
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Menos de dez anos depois, reencontramo-lo aparentemente reduzido a este "remake" de um clássico da "blaxploitation" dos anos 70, em versão que estereotipa estereótipos e lhes dá uma espessura muito mais politicamente correcta e muito menos engraçada. "Shaft" são as aventuras do polícia Shaft (Samuel L. Jackson a fazer de Samuel L. Jackson, o que não é nada mau) pelos bairros de minorias étnicas de Nova Iorque, à procura de uma maneira de levar a tribunal um assassino racista (Christian Bale a fazer de branco mau tão monodimensional como os pretos maus do cinema americano de há decadas).
Pelo meio ainda há Toni Collette como testemunha amedrontada e, sobretudo, Jeffrey Wright (que foi o Basquiat do filme de Julian Schnabel) como "gangster" portoriquenho, numa interpretação altamente maneirista que praticamente "rouba" todas as cenas em que entra. O resto é rotina, mais ou menos bem oleada, quase sempre desinteressante.