Barak propõe transferir dez por cento da Cisjordânia para a Autoridade Palestiniana
"Se chegarmos a um ponto de concórdia sobre Jerusalém e os refugiados palestinianos, poderemos concluir um acordo interino prolongado no quadro do qual lhes daríamos [aos palestinianos] dez por cento do território, com vista a assegurar uma continuidade territorial [na Cisjordânia], reconhecendo totalmente um Estado palestiniano", afirmou Barak em conferência de imprensa em Telavive. Actualmente, os palestinianos controlam parcial ou totalmente cerca de 40 por cento da Cisjordânia. Após dois meses de violência, Barak espera poder concluir um acordo de paz com os palestinianos antes da realização de novas eleições em Israel, que deverão decorrer nos próximos seis meses.Ehud Barak considerou que as questões relacionadas com o futuro de Jerusalém Oriental (anexada por Israel em 1967) e com o direito de regresso dos refugiados palestinianos - que são os dois temas mais complicados do processo de paz -, "poderiam ser resolvidas, no quadro de um acordo, daqui a dois ou três anos".
Os palestinianos já rejeitaram a proposta do primeiro-ministro israelita e exigiram um acordo final que resolva as questões espinhosas de Jerusalém e dos refugiados palestinianos. "Qualquer acordo interino é completamente rejeitado", disse à AFP o conselheiro de Yasser Arafat, Nabil Abu Rudeina.
"Qualquer adiamento [do acordo final de paz] é completamente rejeitado. Uma paz justa deverá ser baseada em soluções globais que incluam Jerusalém e os refugiados, pois sem isto não haverá paz nem segurança na região", acrescentou.
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"Se chegarmos a um ponto de concórdia sobre Jerusalém e os refugiados palestinianos, poderemos concluir um acordo interino prolongado no quadro do qual lhes daríamos [aos palestinianos] dez por cento do território, com vista a assegurar uma continuidade territorial [na Cisjordânia], reconhecendo totalmente um Estado palestiniano", afirmou Barak em conferência de imprensa em Telavive. Actualmente, os palestinianos controlam parcial ou totalmente cerca de 40 por cento da Cisjordânia. Após dois meses de violência, Barak espera poder concluir um acordo de paz com os palestinianos antes da realização de novas eleições em Israel, que deverão decorrer nos próximos seis meses.Ehud Barak considerou que as questões relacionadas com o futuro de Jerusalém Oriental (anexada por Israel em 1967) e com o direito de regresso dos refugiados palestinianos - que são os dois temas mais complicados do processo de paz -, "poderiam ser resolvidas, no quadro de um acordo, daqui a dois ou três anos".
Os palestinianos já rejeitaram a proposta do primeiro-ministro israelita e exigiram um acordo final que resolva as questões espinhosas de Jerusalém e dos refugiados palestinianos. "Qualquer acordo interino é completamente rejeitado", disse à AFP o conselheiro de Yasser Arafat, Nabil Abu Rudeina.
"Qualquer adiamento [do acordo final de paz] é completamente rejeitado. Uma paz justa deverá ser baseada em soluções globais que incluam Jerusalém e os refugiados, pois sem isto não haverá paz nem segurança na região", acrescentou.
A Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP, liderada por Nayef Hawatmeh, denunciou hoje em comunicado que estão a decorrer "negociações secretas" entre Israel e os palestinianos numa capital árabe e apelou ao Presidente da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, a terminá-las."Pedimos à Autoridade Palestiniana que termine todas as negociações secretas com o Governo israelita de Ehud Barak, que prossegue as suas matanças selvagens, impõe um embargo e ocupa as terras palestinianas", acrescenta o comunicado, citado pela AFP.
Segundo o documento, "Yossi Beilin [ministro israelita da Justiça] encontra-se em Washington para manter a administração norte-americana informada destas negociações secretas".
A FDLP, sediada na capital da Síria, Damasco, é uma das principais facções da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat.